Áudio. Idosa se desespera com falso sequestro: “Deixa ela em paz”
Quadrilha que dava golpe do falso sequestro em idosos foi presa no DF após a Polícia Civil deflagrar, nessa quarta, a Operação Fraus
atualizado
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O bando preso por aplicar um golpe do falso sequestro no Distrito Federal fez várias vítimas. Em um dos casos, uma idosa ficou desesperada, acreditando que a filha dela corria perigo de vida.
Áudio obtido pela coluna mostra o momento em que a vítima recebe ligação de uma mulher fingindo ser sua filha. Ela pergunta: “É você, Elisângela?”. A mulher confirma e pede para a idosa conversar com os falsos sequestradores e não desligar o telefone.
Logo depois, um dos criminosos diz para a vítima que “só vai acontecer maldade com ela se a senhora desligar ou falar com alguém o que está acontecendo”. A idosa, então, pede: “Deixa minha filha em paz”.
Ouça o áudio:
Nesta sexta-feira (18/3), um foragido da operação foi preso, no Paranoá. A moto que ele usava também foi apreendida. Veja imagens:
Entenda
A 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul) deflagrou, nesta quarta-feira (16/3), a Operação Fraus. São cumpridos sete mandados de prisão temporária e nove de busca e apreensão com objetivo de reprimir uma organização criminosa voltada para a prática de diversos crimes de extorsão, mediante golpe do falso sequestro.
Os criminosos ligavam para as residências das vítimas afirmando terem sequestrados algum familiar. Assim, exigiam determinadas quantias como suposto resgate. O bando enviava um motoboy a fim de buscar os valores diretamente na cada das vítimas, sobretudo, durante a madrugada.
O modus operandi da quadrilha causou grande trauma nas vítimas, que temiam que os bandidos soubessem seus endereços.
Segundo a polícia, os motoqueiros eram usados em diversos momentos nos quais as vítimas, geralmente idosas, não sabiam realizar transferências pelo aplicativo ou Pix. Dessa forma, os suspeitos exigiam a entrega de quantias em espécie, ou quando as vítimas afirmavam que possuíam joias e demais objetos de valor em casa.
Em determinados casos, as vítimas eram obrigadas a se deslocarem à agência bancária para transferência de valores ou efetuar o saque. Depois, entregavam nas mãos do motoqueiro.
A corporação afirmou que os alvos têm conexões com integrantes do Comando Vermelho, no Rio de Janeiro, e as investigações prosseguirão para identificar o restante dos criminosos.