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“Atirou para matar”, diz vendedor baleado por motorista de Mercedes

Ewerton da Silva Irineu foi alvejado duas vezes por outro motorista após uma discussão de trânsito e agora, em recuperação, espera Justiça

atualizado

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Material cedido ao Metrópoles
Homem deitado olha de lado com curativos pelo corpo
1 de 1 Homem deitado olha de lado com curativos pelo corpo - Foto: Material cedido ao Metrópoles

O motorista baleado duas vezes após uma briga de trânsito no Guará (DF), no fim da tarde dessa sexta-feira (27/10), disse em entrevista ao Metrópoles acreditar que o atirador queria matá-lo.

“Espero que seja feito o que está na Lei. Ele atirou para matar. Ele não atirou para intimidar. Os dois tiros pegaram no encosto de cabeça do banco do carro”, afirmou o vendedor Ewerton da Silva Irineu (foto em destaque), de 27 anos.

“Foi uma tentativa de homicídio clara. Tiro pelas costas, mirando na cabeça. Absurdo. Podia ter intimidado, dar um tiro no pneu. Mostrar a arma. Qualquer coisa ele podia ter feito. Ele atirou para matar, por motivo fútil.”

Em recuperação após ter recebido alta hospitalar, Ewerton contou que a briga começou após ter seu veículo fechado por uma Mercedes. Os dois carros seguiam na mesma direção, indo do Guará 2 para o Guará 1. O trânsito estava intenso.

“Eu estava na minha faixa para entrar no Guará 1. Como ele ia para o Guará 1 também, ele forçou a entrada na minha faixa. Colocou o carro dele na minha frente com tudo”, contou. Os carros encostaram.

Ambos desceram de seus veículos e começaram a discutir. “A ofensa ocorreu. Porque, como eu sou uma pessoa obesa, ele já desceu me chamando de gordo, ofendendo minha mãe, que não tinha nada a ver com a situação. Não estava presente, mas ofendeu do mesmo jeito. Eu também retruquei a ofensa. Foi ofensa trocada. Mas ele iniciou a ofensa”, disse.

Sinal vermelho

Depois do bate-boca, os motoristas voltaram para os carros. Mas ambos seguiram pela mesma rota e, pouco depois, pararam lado a lado em um semáforo fechado.

“Não houve nenhuma discussão de boca. Era para ter havido. Porque eu parei do lado para questionar. E ele já abriu o vidro disparando sem falar nada”, contou.

“A sensação é de impotência, medo, entendeu? Porque é um cara armado e você está desarmado. Efetuando tiro de um carro para o outro. Porque não foi aquela briga de trânsito, que você sai e discute cara a cara, vai para cima do outro e ele acaba disparando. Não. Ele do carro dele disparou no meu carro.”

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O caso ocorreu no Guará, no final da tarde de sexta-feira (27/10)
O suspeito teria deixado o local após efetuar os disparos
O caso é investigado como tentativa de homicídio
Ewerton da Silva, 27 anos, vítima dos disparos, foi atingido duas vezes
Ewerton recebeu alta
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Leandro Silva de Oliveira, de 38 anos, é suspeito de atirar contra outro motorista em uma briga de trânsito

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O caso ocorreu no Guará, no final da tarde de sexta-feira (27/10)

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O suspeito teria deixado o local após efetuar os disparos

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O caso é investigado como tentativa de homicídio

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Ewerton da Silva, 27 anos, vítima dos disparos, foi atingido duas vezes

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Ewerton recebeu alta

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A vítima está com uma bala alojada na clavícula e está sem o movimento de um dos braços

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Ewerton conseguiu fotografar o carro do suspeito logo após ter sido atingido

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Carro de Ewerton com marcas de tiros

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O carro da vítima ficou com as marcas dos disparos

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Segundo a vítima, o atirador disparou com intenção de matar

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Para vítima, o caso levanta o debate sobre as armas de fogo

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Mesmo baleado, Ewerton conseguiu seguir o carro do atirador e fotografar a placa. A imagem foi encaminhada para a família, que acionou a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

Na sequência, o vendedor buscou atendimento hospitalar. Uma das balas ficou alojada na altura da clavícula. “Eu conseguia movimentar o braço. Agora já não tenho o movimento do braço”, relatou. A recuperação, segundo ele, será longa, e não se descartam possíveis sequelas.

Armas de fogo

Para Ewerton, o episódio ressalta a importância sobre o debate a respeito das armas de fogo. “O cidadão civil acaba mostrando de fato que não tem capacidade psicológica para portar uma arma. Porque a arma é para ser usada quando de fato você vê que a sua vida está em risco”, destacou.

“Um cidadão dentro de um carro e você dentro do seu carro, você não está em risco. Eu, com meus os vidros abertos, o rapaz viu. Se eu tivesse feito menção de qualquer coisa, de puxar alguma coisa, era outra história. Mas eu estava com as duas mãos no volante, com as mãos aparentes”, completou.

O caso é investigado pela 4ª Delegacia de Polícia (Guará) como tentativa de homicídio. O atirador ainda não foi localizado.

Outro lado

A reportagem não conseguiu contato com o suspeito. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.

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