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Associação pede cassação de distrital que chamou PMs de “recalcados”

Reginaldo Sardinha (Avante) chamou policiais militares de “recalcados”, provocando a ira de integrantes da corporação

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JP Rodrigues/ Metrópoles
deputado distrital Reginaldo Sardinha
1 de 1 deputado distrital Reginaldo Sardinha - Foto: JP Rodrigues/ Metrópoles

As declarações do deputado Reginaldo Sardinha (Avante) durante a votação na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) que garantiu benefícios à Polícia Civil (PCDF) na sessão do último dia 15 causaram reação entre associações de policiais militares. A temperatura subiu de vez quando a Caserna, entidade que defende os interesses dos militares, protocolou, nessa terça-feira (22/2), pedido de cassação do distrital.

O documento é assinado pelo presidente da Caserna, cabo Carlos Victor Fernandes Vitório. Segundo ele, o parlamentar, assim como qualquer agente público, deve obediência aos princípios da administração pública, trazidos no Artigo 37 da Constituição. “Portanto, os integrantes do poder legislativo estão submetidos aos princípios da administração pública e a quebra do decoro parlamentar. Mais do que uma infração funcional, ele afrontou o princípio da moralidade pública”.

Na sessão, o parlamentar disse se sentir orgulhoso “toda vez que PM quer ser policial civil”. Em outro momento, reclamou dos militares “recalcados que ficam o tempo todo atacando” a instituição. A segunda fala do parlamentar, que é agente de custódia da PCDF, ocorreu minutos antes do início da apreciação em 1º turno da criação do auxílio-uniforme e da suplementação do auxílio na alimentação. Sardinha fez o polêmico discurso logo após o líder do governo na CLDF, Hermeto (MDB), dizer “se sentir orgulhoso de ser integrante da PMDF“.

Abertura de inquérito

Procurado pela coluna, Sardinha não quis comentar a iniciativa da Caserna em protocolar o pedido de cassação contra ele. No entanto, o deputado afirmou estar elaborando um pedido de instauração de Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar uma suposta pressão para que o projeto que concedeu benefícios à PCDF não fosse aprovado.

“Tal atitude dos militares, ao que parece, teriam a finalidade de constranger o governador Ibaneis Rocha (MDB) e causar discórdia entre as categorias”, destacou Sardinha.

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