Armas em escolta de “dama de vermelho” são de pressão, diz gerente
Vídeo gravado por testemunhas mostra pessoas utilizando uniformes e portando armas diversas
atualizado
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Em depoimento realizado na noite dessa terça-feira (22/02), na 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga), o gerente de uma loja de caça afirmou que os armamentos usados para escoltar uma mulher na Avenida Samdu Norte eram de pressão. A “dama de vermelho”, como ficou conhecida em função da cor do seu vestido, é a consultora de vendas e moradora de Ceilândia Dilma Lane Barbosa. Ela trabalha no estabelecimento investigado e pratica tiro esportivo. O caso foi revelado pelo Metrópoles.
Vídeo gravado por testemunhas mostra pessoas utilizando uniformes e portando armas diversas. Nas imagens, a mulher de vestido vermelho desfila enquanto um homem fotografa a exibição. O gerente disse aos investigadores que as imagens foram feitas durante o ensaio de casamento de Dilma.
Segundo o gerente, as armas utilizadas na exibição eram de pressão e pertenciam à loja e a clientes do estabelecimento. Dilma e o marido estão em lua de mel e, por isso, ainda não foram ouvidos pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), que investiga o caso.
À coluna, o delegado-chefe da 17ª DP, Mauro Aguiar, reforçou que o inquérito policial foi aberto para apurar “a responsabilidade pela exposição e porte de armas em via pública”. Acrescentou que outros envolvidos serão intimados a depor. Após a análise final, o caso será apresentado ao poder Judiciário.
Prévia de casamento
Durante a tarde dessa terça, Dilma compartilhou nas redes sociais fotos com amigos. “Hoje foi o dia da prévia do casamento no estande do casal”, comemorou um internauta. No seu perfil no Instagram, a “dama de vermelho” tem fotos segurando diversas armas e vídeos com fuzis e pistolas.
No fim da noite dessa terça, a mulher havia apagado o perfil na rede social.
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Veja as publicações da dama de vermelho:
A reportagem tentou contato com Dilma Lane Barbosa pelas redes sociais, mas não obteve resposta. Além disso, a equipe ligou e mandou mensagens de WhatsApp, mas ela não atendeu nem retornou os contatos. O espaço segue aberto para manifestações futuras.
Veja fotos e o vídeo mais abaixo:
A coluna ouviu policiais civis que analisaram as imagens e apontaram que as armas seriam reais, uma vez que as réplicas de airsoft precisam ter ponteiras coloridas usadas para confirmar que não são de fogo. Os homens que aparecem nas imagens teriam registro de Caçador, Atirador e Colecionador (CAC).