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Após tiroteio, polícia recupera 9 metralhadoras furtadas do Exército

Policiais civis paulistas chegaram ao local no momento em que traficantes venderiam cinco metralhadoras .50 e outras quatro de calibre 7,62

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Armas apreendidas
1 de 1 Armas apreendidas - Foto: Reprodução

Informações recebidas pelos serviços de inteligência da Polícia Civil de São Paulo (PCSP) levaram as autoridades ao ponto exato onde estavam nove metralhadoras que integravam o arsenal de armas furtadas da base militar do Exército de Barueri (SP). A apreensão ocorreu  em uma área de mata, em São Roque, interior paulista, na noite dessa sexta-feira (20/10), e foi marcada por uma intensa troca de tiros entre a polícia e criminosos. As armas seriam vendidas para uma organização criminosa.

As informações foram divulgadas pelo secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, durante a madrugada deste sábado (21/10). Ao todo, 21 metralhadoras foram subtraídas do quartel, sendo 13 de calibre .50 e outras oito de calibre 7,62. O crime foi descoberto no último dia 10, durante uma inspeção. Até agora, 17 armas foram recuperadas.

Durante a semana, oito armas foram encontradas no Rio de Janeiro. Elas seriam vendidas a traficantes do Comando Vermelho (CV), mas a facção não concluiu a compra de parte das metralhadoras calibre .50 furtadas do Arsenal de Guerra do Exército em Barueri, na Grande São Paulo, porque as armas estavam sem uma peça importante para colocar a munição.

Furto das armas

O furto, que teria ocorrido entre os dias 5 e 8 de setembro, foi revelado pelo Metrópoles na semana passada. Os criminosos levaram 13 metralhadoras calibre .50, capazes de derrubar aeronaves, e oito calibre 7,62.

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Por causa do desvio das armas, cerca de 480 militares ficaram aquartelados para investigação interna desde o último dia 11. O isolamento contribuiu para que o comando conseguisse ouvir depoimentos e afunilar o número de possíveis envolvidos no crime. A maioria da tropa foi liberada na terça-feira (17/10), mas cerca de 160 militares permanecem sem poder deixar o quartel.

O Comando Militar do Sudeste já identificou três militares que teriam ajudado no furto e também investiga a atuação de outros integrantes da corporação e de civis. O diretor do Arsenal de Guerra de Barueri foi exonerado nesta sexta-feira (20/10).

Metralhadoras apreendidas

Após o escândalo do furto das armas de alto poder destrutivo, o comandante do Exército, Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, exonerou do cargo, nessa sexta-feira (20/10), o diretor do Arsenal de Guerra de São Paulo, Rivelino Barata de Sousa Batista. Ele, porém, não foi demitido, mas sim transferido de estado.

 

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