Amante baleada por empresário: “Não achei que fosse disparar”; vídeo
A jovem de 28 anos foi baleada nas costas pelo chefe e empresário de uma pastelaria. Ela segue internada no HRC em estado estável
atualizado
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A jovem de 28 anos baleada por José Milson dos Santos (foto em destaque), 51, contou à polícia que acreditava que José não atiraria contra ela. Segundo a vítima, que segue internada no Hospital Regional de Ceilândia (HRC), o homem chegou a apontar a arma para a cabeça dela enquanto ainda estavam no carro.
O crime ocorreu na madrugada desta segunda-feira (17/6). A vítima, que levou um tiro nas costas, trabalhava com José Milson — que é proprietário de uma pastelaria na Feira dos Importados, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA).
Segundo ela, os dois mantinham um caso há cerca de 7 anos. A amante do empresário contou que tentava encerrar a relação, mas José não aceitava. “A gente tinha um caso. Já tem algum tempo que estou tentando terminar essa relação e ele sempre busca meios de isso não dar certo”, disse à Polícia Civil do DF (PCDF) ainda no hospital.
No dia do crime, José Milson levava a jovem para casa, no carro dele, e os dois começaram a discutir. O empresário supostamente não queria terminar o relacionamento e exigiu acesso ao celular da vítima. Contudo, ao receber uma resposta negativa, sacou uma arma e ameaçou a funcionária de morte caso descesse do carro.
“A gente estava no carro, teve uma discussão. Ele queria pegar meu celular, a gente começou a discutir e eu abri a porta para descer, foi quando ele pegou a arma e apontou para a minha cabeça. Achei que ele não fosse disparar”, contou.
Veja o depoimento da vítima:
Tentativa de feminicídio
Apesar de tentar fugir, a jovem acabou atingida por um tiro nas costas, disparado pelo empresário enquanto ainda estava no veículo. Ela conseguiu fugir e pedir socorro a pessoas que passavam pela região.
Ela foi levada para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Ceilândia, e os policiais militares acionados para atender a ocorrência conseguiram o endereço da casa do atirador – onde encontraram um carro na garagem como o descrito pela vítima. O automóvel ainda tinha uma perfuração semelhante à provocada por um tiro, na janela do carona.
José Milson se entregou e, ao lado da esposa, alegou que o disparo teria sido acidental e que não tinha intenção de matar a vítima. Questionado sobre a arma do crime, ele respondeu que havia comprado o revólver calibre .38 ilegalmente e que havia descartado o item em algum ponto da BR-070.
O veículo e o empresário foram levados para a Deam 2, e a vítima, transferida para o Hospital Regional de Ceilândia (HRC). A arma do crime não havia sido encontrada até a mais recente atualização desta reportagem.