Alvos de operação, advogados do PCC são proibidos de ir a presídios
A restrições foram impostas pela Justiça Federal do Distrito Federal. Marcola é líder do Primeiro Comando da Capital (PCC)
atualizado
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Advogados suspeitos de envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC) estão proibidos de frequentar presídios. Os quatro defensores, presos preventivamente, também não podem manter contato com os demais investigados na Operação Anjos da Guarda, que desmantelou o plano de resgate de líderes da facção presos nas Penitenciárias Federais de Brasília e Porto Velho (RO). As restrições foram impostas pela Justiça Federal do Distrito Federal
Entre os presos que seriam resgatados está Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, que foi transferido de Brasília para a capital de Rondônia em março deste ano.
Cynthia Giglioli da Silva, mulher de Marcola, foi alvo de busca e apreensão, policiais cumpriram mandado de busca e apreensão na casa dela, em Alphaville, São Paulo. A suspeita também está proibida de conversar com os demais alvos. A ação é coordenada pela Polícia Federal, com o apoio do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).
Resgate
O plano contava com uma rede de comunicação estabelecida entre advogados, que extrapolavam as suas atividades legais, ao transmitir tanto as cobranças dos custodiados quanto os retornos das mensagens dos criminosos envolvidos no resgate.
Veja imagens das buscas na casa de Cynthia Giglioli da Silva:
Cerca de 80 policiais federais cumpriram 11 mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão em três unidades da Federação: Distrito Federal (Brasília); Mato Grosso do Sul (Campo Grande e Três Lagoas) e São Paulo (São Paulo, Santos e Presidente Prudente).
Além do provável resgate dos presos, a organização criminosa pretendia sequestrar autoridades para conseguir a soltura de condenados, dentre outras ações.
Para organizar as atividades ilícitas, os investigados se valiam dos atendimentos e das visitas em parlatório, usando como códigos para a comunicação situações jurídicas que, comprovadamente, não existiam de fato.
A operação foi batizada de Anjos da Guarda em referência aos servidores da Segurança Pública que se esforçam e se arriscam dia e noite para proteger a sociedade de criminosos.