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Alunos fazem ato e pedem volta de professora que chamou PM de “cagão”

Segurando cartazes, os estudantes ocuparam o pátio do colégio. O ato, pacifico, é acompanhado pelo batalhão escolar

atualizado

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Manifestação
1 de 1 Manifestação - Foto: Reprodução

Dezenas de alunos fizeram uma manifestação, na manhã desta quinta-feira (5/5), pedindo a volta da vice-diretora de uma escola que segue o modelo cívico-militar. A professora foi exonerada após chamar um oficial da Polícia Militar (PMDF) de “cagão”. Segurando cartazes, os estudantes ocuparam o pátio do colégio. O ato, pacifico, é acompanhado pelo batalhão escolar.

A profissional deixou o cargo, nessa terça-feira (3/5). A mudança no Centro Educacional 01 (CED 01), da Cidade Estrutural, foi publicada no Diário Oficial do DF (DODF) após a coluna revelar o desentendimento entre os dois. Coincidentemente, o militar foi promovido, na mesma data, a primeiro-tenente por critério de antiguidade.

O embate, entretanto, segue em investigação na Polícia Civil. De acordo com relato do oficial, os desentendimentos ganharam contornos mais agressivos depois de uma confusão ocorrida nas dependências da instituição de ensino. O tumulto envolveu a condução de um aluno que desrespeitou os policiais, o que caracterizou infração de situação análoga a desacato.

Irritada, a mãe do estudante esteve na escola e xingou os PMs, dando dedo, fazendo gestos obscenos, afirmando que faria manifestação contra a presença da PMDF no centro educacional e que chamaria traficantes da cidade para invadir o estabelecimento de ensino. Ela não foi presa, segundo os policiais, porque a vice-diretora a retirou do local em seu veículo particular.

Ouça vice-diretora chamando tenente da PM de “cagão”:

“Poderoso chefão”

Na ocorrência registrada na Polícia Civil, o tenente apresentou prints, aúdios e vídeos. Segundo o oficial, a vice-diretora ainda ameaçou “pedir sua cabeça” e o chamou de “poderoso chefão” e “bam bam bam”. De acordo com o PM, existem várias denúncias de pais de alunos no Conselho Tutelar, no mesmo sentido, contra a profissional de educação.

O tenente revelou que, em um período de dois meses, na mesma escola, foram registradas 2,4 mil advertências, 18 suspensões e 15 ocorrências policiais. Na maioria, houve apreensões de facas, facões e punhais.

Procurada pela coluna, a Secretaria de Educação informou que o modelo de gestão compartilhada está consolidado com sucesso no Distrito Federal. São 11 unidades de ensino contempladas na gestão compartilhada entre as secretarias de Educação e de Segurança Pública e outras quatro com o Ministério da Educação. Casos pontuais são averiguados pelas pastas para adoção de providências cabíveis a cada situação.

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