Agentes da DOE vão ajudar no combate a facções no Rio Grande do Sul
Equipe é composta por agentes de polícia com expertise em operações especiais e gerenciamento de crises
atualizado
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Ao menos 15 policiais civis da capital do país vão embarcar para o Rio Grande do Sul nesta terça-feira (21/5). O objetivo é ajudar no combate a facções criminosas e na identificação de vítimas das enchentes que atingiram o estado. A medida emergencial de solidariedade e cooperação interestadual foi autorizada pela Delegacia-Geral da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
A equipe é composta por agentes de polícia com expertise em operações especiais e gerenciamento de crises. A PCDF vai enviar, ainda, um grupo de papiloscopistas, peritos criminais e médicos-legistas.
Os agentes do DF deverão permanecer à disposição da Polícia Civil do Rio Grande do Sul (PCRS) desta terça-feira (21/5) ao dia 30 de maio. Durante esse período, as equipes da capital federal vão contribuir para as operações de segurança pública e de atendimento às comunidades mais afetadas pelas enchentes.
“Essa ação reafirma o compromisso da Polícia Civil do Distrito Federal com a cooperação federativa e a solidariedade em momentos de crise, demonstrando a prontidão e dedicação dos servidores [da corporação] para apoiar outras unidades da Federação em situações emergenciais”, informou a PCDF, por meio de nota.
A ação da PCDF também recebeu reforço de praticantes de triatlo e de mergulho. Os atletas doaram 23 roupas de neoprene para uso dos policiais, e a empresa DiveCom doou três conjuntos 3mm/duplo nylon, compostos por jardineira e jaqueta. Uma embarcação da corporação também será usada nos trabalhos.
Facções criminosas
A Polícia do Rio Grande do Sul registrou diversos furtos e assaltos em bairros da capital atingidos pelas chuvas e enchentes. Os relatos indicam que criminosos usam motos aquáticas e se aproveitam da escuridão da cidade, que teve o fornecimento de energia elétrica suspenso, para cometer delitos.
Nas mídias sociais, diversos relatos narram saques, assaltos violentos e até mesmo ações contra voluntários que auxiliam nos trabalhos humanitários. Ao Metrópoles um morador de Porto Alegre, que preferiu não se identificar, detalhou a situação da capital do estado: “O centro está todo saqueado: farmácia, supermercado, loja, mercado público, tudo”.
Em Canoas (RS), por exemplo, moradores detalham que criminosos se passam por necessitados para assaltar voluntários que se dispõem a ajudar as vítimas. E, em Novo Hamburgo (RS), a população precisou se armar para tentar se defender dos bandidos. Muitos, inclusive, não querem abandonar as próprias casas, por medo das ações de ladrões.
Além de saquearem casas e comércios deixados para trás pelos donos, que buscam locais seguros, os criminosos têm como alvo barcos, jet skis e outros equipamentos que auxiliam nos resgates da população em áreas de risco.