Advogado que bateu em mulher no Sudoeste tem histórico de brigas e cão Pipoca já atacou vizinhos
O advogado, morador do Sudoeste, foi preso na segunda (20) após agredir uma mulher durante discussão por focinheira
atualizado
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Detido na segunda-feira (20/3) após ser flagrado agredindo uma advogada no Sudoeste o também advogado Cledmylson Lhayr Feydit Ferreira (foto em destaque), 60 anos, tem histórico de confusões com os vizinhos.
O motivo de ao menos quatro ocorrências policiais é o mesmo: o cachorro do suspeito – um cão da raça Coton Tulear, chamado Pipoca (foto abaixo). As vítimas dizem que o animal é agressivo, que avança nos pedestres e que sempre está sem focinheira.
A vítima mais recente é a advogada Giselle Piza, 39. A mulher afirmou que Cledmylson Ferreira estava com Pipoca solto em um estacionamento da área nobre do Distrito Federal na tarde dessa segunda-feira (20). Dona de um shih-tzu, ela alertou o homem sobre o risco de haver ataque, já que o pet dele é bem maior e estava sem focinheira. A advogada, então, chamou a polícia.
Cledmylson tentou fugir e Giselle pegou o celular para fotografar a placa do carro dele. Ao ver que a mulher estava gravando, o advogado tomou o celular das mãos dela e a agrediu. A confusão foi registrada por pessoas que passavam no local. Confira:
Dupla do barulho
Em fevereiro deste ano, Cledmylson foi denunciado por um policial após acidente de trânsito. De acordo com a ocorrência registrada da 5ª Delegacia de Polícia (área central), o advogado dirigia com o braço para fora do veículo. O cão do suspeito também estava pendurado na janela. Com a visão do retrovisor comprometida, o advogado teria fechado o carro do policial e fugido.
Em novembro do ano passado, o advogado foi denunciado na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam I), na Asa Sul, por lesão corporal e injúria racial. De acordo com a vítima, uma mulher de 55 anos, ela estava com um grupo de sete pessoas, na entrequadra QRSW 2/3, com os seus respectivos cachorros, quando Pipoca, sem coleira e longe do tutor, se aproximou e começou a tentar mordê-la.
A vítima detalhou que o animal ficou rodeando e tentando avançar por cerca de uma hora. Quando o dono do cachorro chegou, disse que o cão estava agressivo porque as vítimas eram “feias” e que estava tentando morder porque a mulher estava com a “namorada”. O advogado, segundo a vítima, teria ofendido a sua amiga dizendo que ela era “bandida” porque é “negra”. Durante a discussão, o suspeito viu que a mulher estava gravando e a derrubou. A vítima ficou com lesões no pescoço e na cabeça.
Uma outra ocorrência de injúria foi registrada em janeiro de 2020, quando Cledmylson discutiu com um vizinho de 66 anos por causa do cachorro. O suspeito teria ofendido o morador o chamando de “viado” e mandou ele “falar grosso”. Na ocasião, a vítima não rebateu, apenas seguiu filmando com o celular.
Quando soube que os moradores haviam registrado denúncia na polícia, o agressor, segundo testemunhas, fez ameaças dizendo que se alguém falar alguma coisa contra ele, iria “caçar as cabeças e perseguir o dia inteiro”.
Em 2019, o suspeito foi alvo de denúncias após confusão em um encontro de cães no Sudoeste. Vizinhos contaram que o autor costuma sair com os cachorros sem coleira e que é extremamente rude com os moradores. Durante uma discussão, o advogado chamou um dos vizinhos para uma briga e afirmou que levaria dois cachorros grandes para a quadra e “veria quem iria tirá-lo de lá”, já que ia colocar os animais para “morder os incomodados”.
O Metrópoles tenta, sem sucesso, contato com Cledmylson. O espaço segue aberto.