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Saiba quem é a advogada do DF alvo da operação Lesa Pátria

A advogada morava em Águas Claras, no Distrito Federal. Apesar do cumprimento do mandado pela PF, ela ainda não foi encontrada

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Imagem colorida da advogada Margarida, alvo da PF no Lesa Pátria - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida da advogada Margarida, alvo da PF no Lesa Pátria - Metrópoles - Foto: Reprodução

Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal (PF), entrou em sua 17ª fase. Dessa vez, foram cumpridos um total de três mandados de prisão preventiva e 10 de busca e apreensão contra 10 alvos, espalhados pelos estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Paraná e o Distrito Federal. Até agora, oito deles têm identidade confirmadas – e um deles é a advogada Margarida Marinalva de Jesus Brito.

O objetivo dessa etapa do Lesa Pátria é a identificação de participantes que financiaram os ataques antidemocráticos realizados em 8 de janeiro deste ano. Naquele dia, milhares de pessoas entraram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF. Além da prisão dos envolvidos na data, a PF está atrás também de pessoas que “instigaram, financiaram e fomentaram os fatos”.

A advogada é um dos alvos dos mandados de prisão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e cumpridos pela PF na manhã desta quarta-feira (27/9). Ela ainda não foi encontrada.

Margarida Marinalva é apontada como responsável por recolher celulares de golpistas, para que eles não fossem identificados.

Advogada de direita

Margarida residia em Águas Claras, no Distrito Federal, e teria feito parte do Movimento Advogados de Direita (MADBR). Um documento do MADBR, encontrado pelo Metrópoles, leva o nome da advogada em meio aos apoiadores, e ressalta a “importância da votação para a Presidência do Senado Federal em 1 de fevereiro de 2023, quando essa casa representativa dos Estados do Brasil elegerá um novo Presidente para o Senado Brasileiro”.

O documento afirma que a “omissão” dos senadores “causou um mal que julgamos quase irreversível, posto que permitiu que aqueles que deveriam guardar o cumprimento de nossa Carta Magna, a vilipendiassem diuturnamente, razão pela qual o país jaz em completo estado de exceção enquanto o povo brasileiro segue assustado com tamanha insegurança jurídica, submetido que está a toda sorte de arbitrariedades insanas”.

O Metrópoles tenta entrar em contato com o MADBR, mas ainda não obteve retorno.

Confira a íntegra da nota enviada pela OAB sobre a investigação envolvendo a advogada:

“A OAB/DF informa que a dra. Margarida Marinalva é conselheira da Subseção de Águas Claras e que sua inscrição não possui qualquer registro de suspensão. Os procedimentos éticos dentro da OAB, por lei, são sigilosos e prezam pelo devido contraditório e ampla defesa. Por fim, a OAB esclarece que, desde o início das investigações que deram origem ao decreto de prisão, tem atuado como terceiro interessado em favor da dra. Margarida, pois o que temos até o momento nos autos dá a entender que sua atuação se deu dentro dos limites da advocacia. Não tivemos ainda acesso à decisão para conhecer os fundamentos por ela invocados e saber quais as próximas providências, mas não admitiremos jamais a criminalização da advocacia.”

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