Açougueiro que esquartejou mulher é condenado a 23 anos de prisão
Segundo a sentença proferida, ele foi considerado culpado pelo homicídio quadruplamente qualificado
atualizado
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Nesta quarta-feira (19/10), o Tribunal do Júri de Águas Lindas de Goiás (GO) condenou a 23 anos e 6 meses de prisão em regime inicial fechado o homem acusado de esquartejar a ex-namorada e esconder as partes do corpo dela em um freezer.
De acordo com a sentença proferida, ele foi considerado culpado pelo homicídio quadruplamente qualificado: motivo fútil, emprego de meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio.
O açougueiro Wandeson Cleiton Rodrigues de Almeida fugiu após o crime, no município goiano, e foi preso em Luís Eduardo Magalhães (BA). O assassinato ocorreu no dia 19 de janeiro de 2020.
A morte violenta de Ketley Estefany Silva Nascimento, que tinha 17 anos à época, lembra o caso de Elisa Matsunaga, condenada por matar e esquartejar o marido, Marcos Matsunaga, em São Paulo.
Vizinhos de Wandeson disseram que ele passou o dia após o crime conversando com conhecidos, como se nada tivesse acontecido.
Segundo uma vizinha, que não quis se identificar, durante a manhã e parte da tarde de domingo (19/1/2020), Wandeson esteve sentado na calçada e também bateu papo com alguns amigos na porta da residência, mas não deixou ninguém entrar. “Depois, mais para o meio da tarde, ele pegou o capacete e foi andar de moto com eles”, relata a vizinha.
Um amigo do suspeito, que também não quis se identificar, diz que Wandeson era acostumado a ingerir bebida alcoólica quase todos os dias. “Bebia muito e usava droga. Junta isso tudo, aí já viu, né?”
Ele próprio não chegou a conversar com Wandeson depois do crime, mas relata que outros amigos ouviram do açougueiro uma história estranha. “Disse que não lembra de nada do que aconteceu. Teve um apagão”, explica.
Motivação
Segundo o delegado do Grupo de Investigações de Homicídios (GIH) da Polícia Civil de Goiás (PCGO), Cléber Junio Martins, o jovem confessou o feminicídio. Ele não gostou de ver mensagens trocadas com outro homem no celular dela.
O relacionamento entre os dois era complicado, conforme conta o delegado Danilo Nunes, que coordena as investigações. Os dois, que se conheceram por aplicativo de mensagens, só moraram juntos por poucos dias no fim de 2019.