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Acidente com cerol: PCDF apreende 1,8 mil carretéis de linha de pipas

Após acidente de servidora com cerol, PCDF identificou duas lojas clandestinas que vendiam cerol e linha chilena para pipas em Ceilândia

atualizado

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Imagem colorida de carretéis de linha de pipa apreendidos pela PCDF
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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da 23ª DP, identificou duas lojas clandestinas que vendiam cerol e linha chilena para pipas em Ceilândia. Ao todo, mais de 1,8 mil carretéis de linha chilena com milhares de metros do produto irregular foram apreendidos. As ações ocorreram após Thaís Nunes de Oliveira, de 30 anos, ter o pescoço cortado por uma linha de pipa com cerol no último domingo (4/2).

Segundo a PCDF, os responsáveis pelos estabelecimentos foram identificados e conduzidos à delegacia para prestarem esclarecimentos. A DF Legal também será oficiada acerca das ocorrências porque a comercialização de cerol e linha chilena é proibida no DF desde 2018.

Acidente com servidora

Uma mulher de 30 anos está internada em estado grave após ter o pescoço cortado. Thaís Nunes de Oliveira é servidora da Secretaria de Saúde (SES-DF) e sofreu o acidente ao sair do trabalho, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Setor O.

De acordo com o boletim de ocorrência registrado na 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro), Thaís conduzia uma moto quando foi passou pela linha com cerol esticada no meio da rua.

Segundo o relato de testemunhas, Thaís estava pilotando a moto na frente de uma viatura da Polícia Militar (PMDF) quando, na altura da QNN 20, caiu na pista. Os policiais militares chegaram a socorrê-la e a levaram ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC).

Thaís segue internada na Unidade de Tratamento Intensivo do HRC em estado grave.

Linha de cerol

As linhas cortantes são utilizadas por crianças e adolescentes com objetivo de cortar a linha da pipa adversária. A prática é conhecida popularmente como “torar”. Quando caem em áreas urbanas como, por exemplo, em vias públicas, o material pode causar graves acidentes, sobretudo com ciclistas e motociclistas que são atingidos no pescoço e região do tórax.

Cerol, chilena e indonésia são os tipos de linha cortantes mais conhecidos e utilizados no país. O cerol é uma mistura de vidro moído com cola; a chilena contém quartzo e óxido de alumínio em sua composição. A indonésia, que é 10 vezes mais cortante que a chilena, é uma espécie de linha de anzol que recebe banhos de produtos químicos.

Desde 2018, o GDF estabeleceu uma multa para quem usar e comercializar materiais cortantes como cerol em pipas, a lei também vale para a linha chilena. A multa vai de R$ 100 até R$ 1 mil, e o dinheiro é revertido para o Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente.

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