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Ação da PF contra tráfico em aviões da FAB apreende carros importados

Ao todo, são cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em Brasília e Florianópolis (SC)

atualizado

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Relógio de luxo apreendido pela PF
1 de 1 Relógio de luxo apreendido pela PF - Foto: PF/Divulgação

Policiais federais localizaram dinheiro em espécie, artigos de luxo e carros importados na manhã desta quarta-feira (15/12). Os mandados são cumpridos no âmbito da 5ª fase da Operação Quinta Coluna. O objetivo é aprofundar as investigações relativas à lavagem de dinheiro feita pelo chefe de uma associação criminosa responsável por enviar drogas à Europa a partir de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB).

Em um endereço de Brasília, os investigadores encontraram R$ 354 mil, distribuídos entre euro, dólar e real, além de um relógio da marca Hublot avaliado em 20 mil dólares . Dois carros das marcas Mitsubishi e Land Rover também foram apreendidos. Ao todo, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em Florianópolis (SC).

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Relógio de luxo apreendido pela PF
Carro localizado em ação contra lavagem de dinheiro
Traficantes usavam aeronaves da FAB
Dinheiro apreendido
Uma academia era usada para lavar dinheiro do tráfico
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Dólar apreendido

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Traficantes usavam aeronaves da FAB

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Uma academia era usada para lavar dinheiro do tráfico

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A Justiça Federal ainda determinou o sequestro e bloqueio de cinco imóveis; uma academia de ginástica; R$ 2 milhões referentes a um empréstimo realizado pelo investigado; dois veículos de luxo; R$ 1,6 milhão de contas do investigado e empresas do suspeito.

A apuração aponta que a aquisição de bens e movimentação de valores foi feita majoritariamente em espécie e que o acusado teria se utilizado de parentes colocados como “laranjas” no esquema.

Foi descoberto, ainda, a utilização de empresas de fachada para dissimular a propriedade de imóveis e movimentação de grandes quantias. Os apontados responderão pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa, com penas que podem chegar a 13 anos de reclusão.

Prisão de Chico Bomba

Em fevereiro deste ano, o Metrópoles teve acesso a trechos do inquérito que culminou na Operação Quinta Coluna. Os documentos detalham como os criminosos se associaram a militares com o objetivo de transportar entorpecentes à Europa.

Conforme a reportagem revelou, em 18 de outubro deste ano, as investigações da PF resultaram na prisão de Marcos Daniel Penna Borja Rodrigues Gama, conhecido como Chico Bomba. Agentes e delegados colheram provas de que Marcos Daniel estava ameaçando testemunhas. Ele pode responder pelos delitos de tráfico internacional e associação para o tráfico, com penas que chegam a 30 anos de prisão.

Uma mansão localizada no Lago Sul, região nobre de Brasília, serviu de palco para uma reunião macabra de narcotraficantes da capital federal. Os suspeitos, também apontados como financiadores do tráfico internacional de cocaína por meio de aeronaves da FAB, se encontraram, em fevereiro deste ano, com o intuito de planejar o assassinato de duas testemunhas que teriam delatado os criminosos à Polícia Federal.

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Mansão no Lago Sul
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Mansão no Lago Sul
Márcio Moufarrege é o personal trainer alvo de mandado de busca e apreensão cumprido pela PF
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Marcos Daniel Penna Borja Rodrigues Gama, conhecido como Chico Bomba

Reprodução redes sociais
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Márcio Moufarrege é o personal trainer alvo de mandado de busca e apreensão cumprido pela PF

 

Os nomes dos dois supostos delatores foram colocados na mesa, e o quinteto decidiu “passar” (matar) ambos. O grupo chegou a garantir que a informação sobre a identidade dos denunciantes era fidedigna, pois “uma fonte, um policial civil,” havia confirmado. Esse mesmo servidor ainda teria alertado um advogado do bando sobre denúncias recebidas por outra corporação.

Apesar da mobilização da rede criminosa, os homicídios não chegaram a ocorrer.

Além de Chico Bomba, foram alvos da Operação Quinta Coluna: o filho de um diplomata italiano, Michelle Tocci, conhecido como Barão do Ecstasy; Augusto César de Almeida Lawal, o Guto; e Márcio Moufarrege, vulgo Macaco.

Michele Tocci, por meio do advogado Frederico Donati Barbosa, explicou que não ameaçou – direta ou indiretamente, por si ou ou por intermédio de terceiros – qualquer pessoa.

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