Na contramão do país, salário de contratados por CLT sobe 3,4% no DF
Dados do Caged apontam que a média salarial no DF em maio de 2022 ficou em R$ 2.016, enquanto no ano passado correspondia a R$ 1.948
atualizado
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O salário médio de trabalhadores contratados com carteira assinada no Distrito Federal aumentou 3,4% em comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados no levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência. Os números vão na contramão dos dados nacionais. No Brasil, o salário médio de contratados no regime de Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) registrou queda de 5,6% em maio deste ano, também comparado com o mesmo período de 2021.
Os dados apontam que, no DF, a média salarial em maio de 2022 ficou em R$ 2.016,03. No ano passado, essa cifra girava em torno de R$ 1.948,89. Os valores estão corrigidos conforme a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Veja a variação dos salários iniciais de trabalhadores com carteira assinada em um ano, segundo o Caged:
- Maio de 2021 – R$ 1.948,89
- Junho de 2021 – R$ 1.997,53
- Julho de 2021 – R$ 2.044,16
- Agosto de 2021 – R$ 1.981,33
- Setembro de 2021 – R$ 1.997,74
- Outubro de 2021 – R$ 1.933,92
- Novembro de 2021 – R$ 1.891,57
- Dezembro de 2021 – R$ 1.961,20
- Janeiro de 2022 – R$ 2.070,47
- Fevereiro de 2022 – R$ 1.959,60
- Março de 2022 – R$ 1.945,05
- Abril de 2022 – R$ 1.941,56
- Maio de 2022 – R$ 2.016,03
Ainda de acordo com o Novo Caged, o número de empregados com carteira assinada no Distrito Federal apresentou crescimento em maio de 2022, registrando saldo de 4.420 postos de trabalho. Esse resultado decorreu de 34.050 admissões e de 29.630 desligamentos. Em maio de 2021 o saldo era de 4.051 postos.
No acumulado de 2022 – até maio –, foram 171.171 admissões e 146.591 desligamentos no Distrito Federal, gerando um saldo de 24.580 empregos de carteira assinada.
O economista Flauzino Antunes avalia que, diferente do resto do país, grande parte da concentração de empregados da população economicamente ativa do DF é do setor público. “Isso reflete no consumo, por conta da renda mais elevada. O que é preponderante é que essa renda e demanda geram consumo, que gera emprego. E aí, quando [uma empresa] vai contratar, [o salário] vem em um patamar um pouco mais elevado”, explica.
“No geral, no Brasil, a indústria desempregou, a agricultura mecanizou muito e expulsou muita gente do campo, então quando uma empresa contrata, contrata com um valor menor. Aqui no DF tem um fenômeno diferente, porque a economia não tem essa sazonalidade, é mais constante”, acrescenta Flauzino.
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