Muro que separava manifestantes na Esplanada começa a ser retirado
Ocupando uma extensão de 1,1 mil metros da Catedral até o Congresso Nacional, a barreira de ferro, com placas de dois metros de altura, custou R$ 7.850
atualizado
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O muro erguido na Esplanada dos Ministérios para separar os grupos pró e contra impeachment começou a ser desmontado na manhã desta segunda-feira (18/4). O objetivo da instalação era evitar confrontos durante a votação da abertura do processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff, na Câmara dos Deputados, no domingo (17) e gerou muita polêmica.
Ocupando uma extensão de 1,1 mil metros da Catedral até o Congresso Nacional, a barreira de ferro, com placas de dois metros de altura, foi alvo de posições favoráveis e contrárias. Cerca de 56 mil manifestantes ficaram do lado sul da Esplanada, destinado aos favoráveis ao pedido de impedimento, e cerca de 26 mil do outro lado, na área reservada aos manifestantes contrários, segundo dados da Polícia Militar.
A estrutura, instalada por uma empresa privada ao custo de R$ 7.850, foi autorizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), como forma de preservar o local a área central do Plano Piloto, tombada pela Unesco. A previsão é que até o fim do dia todas as barreiras sejam retiradas.
A movimentação na Esplanada começou ainda na madrugada, quando equipes do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) deram início à coleta do lixo deixado pelos manifestantes e ambulantes. A expectativa era de que 10 toneladas de resíduos fossem recolhidas.
Munidos com vassouras, espetos e sacos de lixo, 200 garis participaram da ação de limpeza. Nas primeiras horas do dia, uma das faixas do Eixo Monumental, sentido Congresso Nacional, precisou ser interditada, mas foi liberada em seguida.