Mulheres representam 64,7% dos desempregados no DF
Pelo menos 8 mil brasilienses ficaram sem emprego, segundo Pesquisa de Emprego e Desemprego da Codeplan
atualizado
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Oito mil pessoas ficaram desempregadas no Distrito Federal entre novembro de 2020 e janeiro de 2021, e 18% deixaram de procurar ocupação nesse período. As mulheres representam 64,7% dos inativos, e os homens, 35,3%, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego relativa ao mês de janeiro, divulgada na manhã de terça-feira (23/2) pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Entre os ocupados, a pesquisa registrou aumento do rendimento médio real (4,3%). Assalariados chegaram ao incremento de 1,8% e trabalhadores autônomos, 7,6%. O crescimento do rendimento médio real teve destaque de 28,6% para os 10% mais pobres, e de 4,3% para os 25% mais ricos.
O número de desocupados no DF permanece em 291 mil pessoas em relação a dezembro de 2020. Além disso, a taxa de desemprego aberto variou de 15,1% para 15,4%, e a de desemprego oculto diminuiu de 2,9% para 2,7%.
Clarissa Jahns, diretora de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas (Dieps) da Codeplan, explica que é normal a taxa de desemprego aumentar no fim de ano. “É um período em que temos muitos desligamentos, mas essa situação vai se revertendo à medida que a economia vai voltando ao normal”, ressaltou a diretora. “Ainda assim, estamos em período de incertezas, com alguns segmentos muito afetados, como o turismo por exemplo”.
Entre novembro e janeiro, as variações na taxa de desocupação foram diferentes conforme a cidade. A taxa de desemprego aumentou 0,9% entre as regiões de média-alta renda, que englobam Águas Claras, Candangolândia, Cruzeiro, Gama, Guará, Núcleo Bandeirante, Sobradinho, Sobradinho 2, Taguatinga e Vicente Pires.
Nas regiões de média-baixa renda – caso de Brazlândia, Ceilândia, Planaltina, Riacho Fundo, Riacho Fundo II, SIA, Samambaia, Santa Maria e São Sebastião – houve redução de 0,7% na quantidade de pessoas desocupadas. O mesmo decréscimo foi observado entre as regiões de baixa renda – Fercal, Itapoã, Paranoá, Recanto das Emas, SCIA/Estrutural e Varjão.