Mulheres na aviação: UnB e Anac vão estudar desigualdades de gênero
UnB e Anac assinaram Termo de Execução Descentralizada de R$ 1,1 milhão para o início do projeto de pesquisa sobre mulheres na aviação
atualizado
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Um projeto de pesquisa em parceria entre a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Universidade de Brasília (UnB) vai estudar as desigualdades de gênero na aeronáutica. O órgão e a instituição assinaram um Termo de Execução Descentralizada (TED) de R$ 1,1 milhão para os estudos da área, que conta com apenas 5% de mulheres nos cargos de piloto em todo o mundo.
A Anac e a UnB vão mapear a participação das mulheres no setor aeronáutico brasileiro e levantar dados para a pesquisa Mulheres na Aviação Civil — Estudos para uma Regulação Inclusiva no Setor. O objetivo do estudo é fazer um mapeamento completo sobre a participação feminina na área e levantar dados para subsidiar políticas públicas de redução da desigualdade de gênero.
“A participação feminina na indústria da aviação civil é baixa em todos os países. De acordo com dados da Anac, no mundo, as mulheres ocupam apenas 5% dos cargos de piloto. No Brasil, a estimativa é de que o índice seja ainda menor, cerca de 3%”, afirma a coordenadora do projeto pela Faculdade de Direito, professora Inez Lopes.
A Fundação de Apoio à Pesquisa (Funape), vinculada à Universidade Federal de Goiás, fará a gestão financeira do projeto, que conta com cinco pesquisadores seniores, quatro pesquisadores de pós-graduação (mestrado e doutorado), dois de apoio técnico e seis graduandos ou graduados para apoio operacional. A pesquisa tem prazo inicial de 15 meses.
Pela UnB, além da Faculdade de Direito, participam da pesquisa a Faculdade do Gama, sob a coordenação da professora Polliana Cândida, a Faculdade de Administração, Contabilidade, Economia e Gestão pública, com o professor Victor Rafael Celestino, e o Instituto de Psicologia, com a professora Carla Antloga.
O diretor-presidente em exercício da Anac, Ricardo Catanant, cita que a maioria das mulheres está hoje em atividades de comissárias de bordo, enquanto pilotas de aeronaves são minorias. “É uma questão estratégica do ponto de vista social, político e econômico. Nossa expectativa é identificar, com a ajuda da UnB, quais são os gargalos que se constituem em barreiras para que esse setor tenha maior participação de mulheres.”