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Mulheres em tratamento contra as drogas podem ser despejadas. Entenda

A organização não governamental (ONG) Salve a Si Maria de Magdala pede apoio dos brasilienses para garantir o funcionamento da unidade

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Mulheres em tratamento contra as drogas podem ser despejadas
1 de 1 Mulheres em tratamento contra as drogas podem ser despejadas - Foto: Arthur Menescal/Especial Metrópoles.

Inaugurada há um ano, a unidade feminina da organização não governamental (ONG) Salve a Si Maria de Magdala, precisa de ajuda para continuar aberta.

Localizada em São Sebastião, no Núcleo Rural Nova Betânia, a casa é a única do Distrito Federal e Entorno especializada no atendimento gratuito feminino, com acolhimento e reabilitação de mulheres entre 18 e 60 anos com dependência química, inclusive mulheres trans.

Agora, a entidade precisa arrecadar fundos para pagar o aluguel do espaço e manter o local funcionando. A unidade 2 da Salve a Si foi inaugurada em julho de 2020, em plena pandemia da Covid-19, e tem 40 leitos para mulheres, 26 ocupados por acolhidas, quatro delas com bebês de colo.

Na entidade, as pacientes contam com cinco refeições por dia, além de atividades diversas e assistência 24 horas de profissionais, como conselheira em dependência química e assistentes sociais. O tratamento é 100% gratuito e pode durar de seis meses a um ano. A casa ainda depende de doações até que consiga apoio governamental.

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O fundador da Salve a Si, Henrique França, afirmou que os gastos mensais para manter a estrutura giram em torno de R$ 31 mil, sem contar o aluguel.

“As pessoas têm colaborado como mensalistas pelo período de 10 meses até um ano. Esse prazo venceu recentemente e estamos correndo contra o relógio para que os brasilienses possam continuar ajudando e fazendo novas doações”, pede França.

O gestor explica, ainda, que o custo anual só com o aluguel da casa é R$ 84 mil. “Temos que pagar o contrato adiantado por um ano. É o único jeito que o proprietário aceita firmar a parceria. Ainda não temos todo o montante para pagar esse aluguel. Vivemos dessas doações do público”, acrescenta.

A casa recebe todo tipo de ajuda. Vestuário feminino e infantil, móveis,  doação de alimentos e de materiais de higiene. “Tudo que as pessoas puderem doar é muito bem-vindo para a gente”, reforça França.

Veja o pedido de Henrique:

Segundo o fundador, a taxa de abandono de tratamento na Salve a Si é inferior a 10%. Um sinal claro de que a metodologia funciona bem. Os índices de adesão e conclusão do tratamento são altíssimos.

“É uma realização tremenda a gente ter montado essa casa mesmo com todas as intempéries e dificuldades frente à pandemia. Aqui, a libertação delas vai muito além das drogas. Elas aprendem a ter lucidez, compreensão, acolhimento, para que encontrem o empoderamento delas. Elas podem se bastar. Podem ter amor próprio. Para que elas encontrem espaço na sociedade”, afirma.

Para quem tem interesse em ser mensalista com depósitos programados, Henrique pede que entre em contato diretamente com ele pelo número: (61) 99997-5010. Quem quiser ajudar a Salve a Si também pode fazer doações avulsas, na seguinte conta:

Banco do Brasil

Agência: 2887-8
Conta: 25.050-3
CNPJ: 11.208.669/0001-90

Salve a Si doador mensalista

A Organização Não-Governamental (ONG) também disponibiliza uma plataforma on-line para as doações (clique aqui).

Acolhidas

Em junho deste ano, o Metrópoles esteve na instituição e conversou com mulheres que buscaram tratamento para mudar de vida. São histórias de pessoas que chegaram ao fundo do poço. Perderam tudo. Durante anos, viveram à margem da sociedade. Saíram de casa, perderam emprego, se afastaram da família e dos filhos. Envolvidas com o vício, deixaram de ser quem eram, mas conseguiram reunir a força de vontade necessária para dar a volta por cima.

Leia mais na publicação: “O amor vai me fazer vencer”: veja a história de mulheres que lutam contra as drogas.

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