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Mulher que xingou empresário de “macaco” tem esquizofrenia, diz defesa

Em nota, defesa também informou que a família da mulher está em vias do processo de interdição, mesmo após aumento de dosagem da medicação

atualizado

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A defesa da mulher que xingou o dono de uma loja de açaí, em Taguatinga Norte, Paulo Vitor Silva Figueiredo, 22 anos, na última segunda-feira (9/5), com ofensas racistas disse, em nota ao Metrópoles, que ela sofre de transtornos psiquiátricos. A agressora, identificada apenas como Cláudia, foi diagnosticada, em 2020, com esquizofrenia paranoide, com evolução crônica, progressiva e sem possibilidade de cura.

O episódio, gravado pelo empresário, mostra Cláudia desferindo diversas ofensas a Paulo, e em um certo momento o chamando de “macaco preto”. Desde que abriu a franquia do The Best Açaí, há cerca de um ano e meio, o dono disse que nunca passou por uma situação como essa. “Idiota, palhaço, ridículo, ET, inútil, pateta” foram alguns dos outros xingamentos proferidos contra o rapaz, após ele alegar que não seria possível retirar a banana do açaí, como a cliente havia solicitado.

Confira laudos de Claúdia:

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Laudo médico de 2020
Laudo médico de 2022
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Laudo médico de 2011

Material cedido ao Metrópoles
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Laudo médico de 2020

Material cedido ao Metrópoles
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Laudo médico de 2022

Material cedido ao Metrópoles

Ainda em nota, a defesa informou que a família da mulher luta contra a doença e que ela piorou nos últimos anos. O que resulta em momentos de surto mais constantemente, além da perda de controle das próprias ações.

Informaram ainda que o tratamento é realizado e a dosagem do medicamento foi aumentada recentemente, ainda assim o medicamento mostrou-se ineficiente.

Segundo a defesa, a família está em vias de processo de interdição da mulher. Ressaltaram ainda, que repudiam veementemente qualquer tipo de agressão, seja física ou verbal, bem como qualquer forma de discriminação.

Entenda o caso

O empresário Paulo Vitor conta que a cliente chegou, por volta das 20h, da última segunda-feira (9/5).“Depois, ainda chegou uma cliente nossa e perguntou o que estava acontecendo. Aí, ela começou a agredir verbalmente essa moça, a chamando de gorda e feia. Isso começou umas 20h e ela ficou lá até 20h30 me xingando”, relatou o empresário.

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“Macaco preto, idiota, palhaço, ridículo, ET, inútil, pateta” foram alguns dos xingamentos que a mulher disse contra o rapaz, após ele informar que não seria possível retirar a banana do açaí
O estabelecimento fica localizado em Taguatinga Norte
A mulher também ofendeu outra cliente que estava no local
Segundo o dono da loja, a mulher passou cerca de 30 minutos na porta do estabelecimento xingando-o após não aceitar que o açaí seria feito com banana
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Paulo Vitor Silva Figueiredo, de 22 anos, abriu a franquia há cerca de um ano e meio

Deiviane Linhares/ Especial Metrópoles
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“Macaco preto, idiota, palhaço, ridículo, ET, inútil, pateta” foram alguns dos xingamentos que a mulher disse contra o rapaz, após ele informar que não seria possível retirar a banana do açaí

Deiviane Linhares/Especial Metrópoles
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O estabelecimento fica localizado em Taguatinga Norte

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A mulher também ofendeu outra cliente que estava no local

Deiviane Linhares/ Especial Metrópoles
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Segundo o dono da loja, a mulher passou cerca de 30 minutos na porta do estabelecimento xingando-o após não aceitar que o açaí seria feito com banana

Deiviane Linhares/ Especial Metrópoles

De acordo com Paulo, a mulher “tem o histórico de ser alguém que causa muitos problemas” no comércio onde fica sua loja. “Ela já havia comprado açaí conosco outras vezes, sempre de um jeito meio grosseiro, mas nunca ofendeu como desta última vez”, conta Paulo.

Segundo o dono da loja, a mulher passou cerca de 30 minutos na porta do estabelecimento xingando ele após não aceitar que o açaí seria feito com banana. Depois das ofensas, ela ainda ordena o rapaz que prepare o açaí, pois estava “na cidade dela”. “Na hora, eu estava bem tranquilo, não fui grosseiro e nem agressivo. O único momento em que fiquei mais sério foi quando falei que não serviria ela”, relembra.

Veja a gravação feita pelo empresário:

“Ela me viu colocando a banana no açaí para bater e falou que não queria com banana. Eu expliquei que a nossa receita é fechada já, que é o açaí, banana e xarope”, contou. “Ela não quis aceitar, não queria que eu batesse com banana, porque ela estava exigindo. Eu falei: ‘Moça, não tem como, minha receita é essa’. Aí ela falou: ‘Então vamos resolver na delegacia’. Pensei que ela iria chamar o Procon, algo assim, mas ela começou a me xingar, atacar: ‘Macaco, preto’”, completou.

Apesar de ainda não ter registrado o boletim de ocorrência, Paulo detalhou que a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual (Decrin) tomou conhecimento da gravação e entrou em contato com ele para que o caso seja investigado.

“O pessoal que mora aqui e frequenta o açaí comoveu-se com a situação. Tenho recebido muitas mensagens de apoio de amigos e conhecidos”, disse o comerciante.

Veja nota na íntegra:

O escritório Batista, Miranda & Ferreira advogados associados, na qualidade de representantes da Sra. CLÁUDIA e sua família, vem a público com o intuito de esclarecer os fatos contidos no vídeo e denúncia de injúria racial, que foram veiculados pela imprensa ontem, dia 11 de maio de 2022.
Em um primeiro momento, importante frisar que a Sra. CLÁUDIA sofre de transtornos psiquiátricos, diagnosticada com esquizofrenia paranoide, com evolução crônica, progressiva e sem possibilidade de cura, conforme relatório médico expedido por profissional competente no ano de 2020.
Há tempos a família e a Sra. CLÁUDIA vêm lutando contra a doença, que passou a piorar nos últimos anos, fazendo com que ela tenha momentos de surtos mais constantemente e perca o controle das próprias ações, exatamente como ocorreu no episódio demonstrado pela filmagem difundida.
Por oportuno, informam que o tratamento está sendo realizado e a dosagem foi aumentada recentemente, contudo, mostrando-se ineficiente frente ao grave quadro apresentado.
A família informa estar em vias de processo de interdição da Sra. CLÁUDIA, justamente pela dificuldade ocasionada pela doença e a incapacidade desta em praticar atos da vida civil.
Salienta-se que a família e a Sra. CLÁUDIA lamentam o ocorrido e repudiam veementemente qualquer tipo de agressão, seja física ou verbal, bem como qualquer forma de discriminação, desculpando-se pelos fatos divulgados pela imprensa e por qualquer ofensa proferida.
Por fim, colocam-se à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos quando solicitados, requerendo aos meios de comunicação que preservem a imagem dos familiares, amigos e da própria Sra. CLÁUDIA, vez que a doença é delicada e de difícil controle.
Colocamo-nos à disposição para prestar esclarecimentos suplementares porventura necessários.

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