Mulher que matou companheiro esfaqueado no DF responderá em liberdade
Caso aconteceu em Taguatinga Norte, na noite dessa 2ª feira. Mulher teria dado três facadas na vítima e alegou agir em legítima defesa
atualizado
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A mulher de 35 anos presa nessa segunda-feira (6/11) após matar o companheiro a facadas em um condomínio na QNF 1 de Taguatinga responderá em liberdade provisória. Em audiência de custódia na manhã desta terça-feira (7/11), a Justiça considerou que a presa agiu em legítima defesa.
Antes do crime, o casal envolvido havia passado o dia ingerindo bebida alcoólica e iniciou uma “discussão acalorada”. A mulher, então, teria dado três facadas na vítima para se defender, segundo a suspeita e testemunhas relataram à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
O juiz que analisou o caso desconsiderou a necessidade de conversão da prisão porque “os fatos precisam de melhor elucidação”. “Não há indicativos concretos de que a custodiada pretenda furtar-se à aplicação da lei penal, tampouco de que perturbará gravemente a instrução criminal ou a ordem pública”, começou o magistrado.
“Desse modo, não se justifica a segregação [dela] antes do momento constitucional próprio, qual seja, após o trânsito em julgado de eventual sentença condenatória. Ressalto, ademais, que os fatos precisam de melhor elucidação, havendo elementos nos autos indicativos de que a custodiada pode ter agido em legítima defesa, conforme depoimento de terceiros ouvidos na delegacia de polícia”, pontuou.
A presa pôde ficará em liberdade provisória, mas terá de cumprir as seguintes medidas: deixar o Distrito Federal por mais de 30 dias, a não ser com autorização da Justiça, mudar de endereço sem comunicar.
Discussão
A discussão teria acontecido na noite dessa segunda-feira (6/11), por questões domésticas, e evoluiu para a violência física. A suspeita de cometer o crime foi detida pouco depois.
Acionado para socorrer o homem ferido, o Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) encontrou a vítima sem sinais vitais.
A ausência de lesões no corpo da mulher e a localização da arma do crime fizeram os policiais civis que atenderam a ocorrência questionarem a alegação de legítima defesa da suspeita.
Equipes da 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Norte) consideraram haver inconsistências na versão da mulher e avaliaram que ela pode ter agido de forma premeditada.