Mulher morta com tiros à queima-roupa era servidora da Saúde no DF
Thaís da Silva Campos foi baleada às 18h35 deste domingo (20/6) em Sobradinho. Suspeito é o ex namorado da vítima
atualizado
Compartilhar notícia
Thaís da Silva Campos, 27 anos, morta após ser baleada à queima-roupa em Sobradinho, na noite de domingo (20/6), era servidora da Secretaria de Saúde do DF. Imagens de câmera de segurança flagraram o momento em que um homem atira pelo menos três vezes contra a vítima e foge.
Segundo a Secretaria de Saúde, Thaís ingressou no quadro de servidores da Saúde em 2013. Era técnica de higiene dental (THD) e, atualmente, estava lotada na Unidade Básica de Saúde 3, da Fercal.
Em nota, a Secretaria lamentou a morte da servidora. “Thais era tida pelos amigos e colegas de trabalho como uma pessoa linda, nos mais diversos sentidos. Era uma ótima companhia. Mesmo quando enfrentava problemas em sua vida pessoal, estava sempre disposta e alegre. Será lembrada como uma pessoa agradável e lutadora”.
Queima-roupa
O suspeito do crime é o ex-companheiro de Thaís, Osmar de Sousa Silva. Os dois teriam se separado há aproximadamente cinco meses, conforme investigação preliminar da Polícia Civil do DF (PCDF). Eles têm uma filha de 2 anos.
O Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF) foi chamado para prestar socorro, mas quando chegou ao local a vítima já estava sem vida.
Investigação
Investigadores da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) apuram se Osmar recebeu ajuda de um amigo para fugir após o feminicídio.
O delegado-chefe da 13ª Delegacia de Polícia (Sobradinho), Hudson Maldonado, detalhou ao Metrópoles que o criminoso usou uma pistola calibre .380 para matar a vítima, efetuando disparos no rosto dela. Após o crime, o homem fugiu em um Honda Civic. O automóvel foi localizado ainda no domingo, em um supermercado da Quadra 14. O veículo passou por exame pericial.
O autor tinha passagem por Maria da Penha (ameaça), em 2016, registrada na 6ª DP (Paranoá). “O casal manteve união estável por cerca de 5 anos. Da união, nasceu uma filha, hoje com 2 anos. Estavam separados havia cinco meses. E o autor não aceitava o fim do relacionamento”, disse o delegado.
Veja:
Ainda de acordo com a polícia, no dia do crime, o homem “forjou” que entregaria a filha para a vítima, mas a criança havia sido deixada na casa do irmão, em Planaltina. “Nada indica que o irmão sabia do plano macabro”, pontuou Maldonado.
“A vítima tinha medo, mas nunca fez registro de ocorrência. Nunca procurou uma delegacia para pedir amparo. Nunca acionou a polícia ou qualquer órgão”, destacou o policial.
A 13ª DP recebeu informações de que o autor fugiria para Portugal, mas os dados não foram confirmados. Osmar Silva é considerado foragido.