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Mulher morta com taco de beisebol no DF sofreu agressões por 2h

Vizinhos descrevem a madrugada de horror vivida por Larissa do Nascimento, assassinada pelo marido no Itapoã. Mãe do acusado dispensou a PM

atualizado

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mulher sorrindo
1 de 1 mulher sorrindo - Foto: Reprodução

Os relatos dos vizinhos de Larissa Pereira do Nascimento, 22 anos, assassinada pelo namorado com golpes de taco de beisebol, na madrugada do domingo (9/5), revelam o terror vivido pela vítima.

O crime ocorreu no Condomínio Del Lago, no Itapoã. “Começou às 3h40 a briga e foi até as 5h30. Foram quase 2h de espancamento, com ela gritando e pedindo socorro, mandando ele parar. Ela até pediu a chave do portão”, contou ao Metrópoles um dos moradores, que preferiu não se identificar.

Veja imagens do caso:

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Moravam no local a vítima, o acusado, além da mãe e do irmão dele
Os familiares moravam na residência havia cinco dias
Os vizinhos ouviram os gritos de socorro da vítima
Larissa foi assassinada pelo companheiro
João Paulo de Moura Sousa
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O crime ocorreu no Condomínio Del Lago

Hugo Barreto/Metrópoles
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Moravam no local a vítima, o acusado, além da mãe e do irmão dele

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Os familiares moravam na residência havia cinco dias

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Os vizinhos ouviram os gritos de socorro da vítima

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Larissa foi assassinada pelo companheiro

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João Paulo de Moura Sousa

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A violência empregada por João Paulo de Moura Sousa, 23 anos, foi tamanha que um dos olhos da vítima estava fora da cavidade ocular. Além disso, o corpo apresentava múltiplas lesões. João Paulo fugiu da cena do crime, mas acabou preso ainda na tarde de domingo, escondido na casa do pai. Ele responderá pelo crime de feminicídio.

Na tarde desta segunda-feira (10/5), o Metrópoles esteve na região e conversou com vizinhos da casa onde ocorreu o crime. No momento do assassinato, havia quatro pessoas na residência: a vítima, o acusado, além da mãe e do irmão dele – todos haviam se mudado para o endereço há cinco dias. O filho do casal, de 8 meses, estava na casa da mãe de Larissa.

“O irmão pediu para parar [de bater], pois a mataria, mas ele continuava. De forma nenhuma, ele parou”, detalhou o vizinho.

Após os gritos, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) compareceu ao local, mas a mãe do acusado disse aos PMs que estava tudo bem. “Ela falou que não estava acontecendo nada, e a polícia foi embora”, revelou o morador. Por causa disso, a PCDF investiga se a conduta da mãe pode ter contribuído para a morte da vítima.

Ainda segundo o relato, pela manhã, João Paulo, a mãe e o irmão sentaram-se na calçada da residência e conversaram sobre o que fariam depois do assassinato. “A mãe falava que dariam um jeito, calma. Foi nesse momento que João pediu para ela ver se menina estava mesmo morta. Demorou um pouco, e ela voltou fazendo um sinal de que acabou”, acrescentou.

Rosto desfigurado

Por volta das 10h, o irmão acionou o Corpo de Bombeiros. Em seguida, a testemunha acompanhou a entrada da equipe de socorro no local do crime.

“Fiquei em estado de choque. O rosto dela estava desfigurado. A imagem que temos dela não é a que eu vi. Parecia uma pessoa bem mais velha, um olho estava aberto e o outro, estufado. Ela tinha uma pancada muito grande na testa e hematomas no corpo”, ressaltou.

Medida protetiva

Segundo apurado pela reportagem, Larissa havia retirado a medida protetiva contra o autor há quatro dias. “A mãe do João não teve nenhum ato de amor, sabendo que o filho estava matando a mãe do neto dela. Ela estava fria”, concluiu a testemunha.

Larissa deixou uma criança de 8 meses, filho do relacionamento com João Paulo, apontado como alguém que sempre mostrou agressividade. Antes de ser espancada até a morte pelo companheiro com um taco de beisebol, no Itapoã, a jovem havia registrado ocorrência contra o namorado. Devido às agressões, o autor usava tornozeleira eletrônica.

No dia anterior ao assassinato, no sábado (8/5), uma irmã de João Paulo fez aniversário. A comemoração ocorreu na mesma rua onde o casal morava. Larissa resolveu ir à festa, mesmo após ser alertada pela sogra. A mãe do rapaz relatou que o filho estava dormindo. Ela acrescentou que tinha medo da reação que ele teria ao acordar e não ver a namorada em casa. Durante a madrugada, ocorreu o feminicídio.

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