Mulher morta a facadas na frente do filho será sepultada nesta terça
Jainia Delfina de Assis foi morta aos 42 anos, com golpes de faca no pescoço. Velório vai ocorrer a partir das 9h desta terça-feira (18/6)
atualizado
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Oitava vítima de feminicídio no Distrito Federal em 2024, Jainia Delfina de Assis, morta aos 42 anos, será enterrada nesta terça-feira (18/6), no cemitério Campo da Esperança de Taguatinga. Ela será velada na capela 4, a partir das 9h. O sepultamento está marcado para as 11h.
Jainia foi morta a facadas em casa, na frente do filho, de 4 anos. Foi o garoto quem pediu ajuda aos vizinhos após perceber o crime. O crime ocorreu no último sábado (15/6), na Quadra 4 do Setor Oeste, na Cidade Estrutural.
O filho de Jainia saiu à rua e encontrou o ex-companheiro da vítima, que acionou a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). A corporação foi até a casa da família e encontrou a mulher caída em meio a uma poça de sangue, com sinais de esfaqueamento na região do pescoço.
Wederson Aparecido Ananias de Moura, 36, foi preso nesse domingo (16/6), pela PMDF, e confessou o crime. O feminicida disse ter “perdido a cabeça” após a vítima relevar ser portadora do HIV, vírus da Aids, e que ele “estaria condenado”. A família da vítima nega a versão do assassino e diz que trata-se de “mais uma covardia de Wederson”.
Além do garoto de 4 anos, Jainia deixa outros dois filhos, de 14 e 19 anos. Nenhum deles era filho de Wederson.
Histórico violento
Além de passagens criminais por violência doméstica, incluindo medida protetiva contra Jainia, Wederson foi preso por homicídio e atentado violento ao pudor, em 2006. Na época, ele foi condenado por estuprar e assassinar uma adolescente de 15 anos, enquanto ela dormia.
Ana Paula Rodrigues de Sousa, a adolescente morta por Wederson em 2006, foi encontrada completamente nua e com a cabeça esfacelada. A garota dormia com um grupo de moradores de rua dentro de um duto de ventilação do metrô. As pessoas se levantaram e foram até a rodoviária fazer um lanche, deixando a adolescente dormindo sozinha no local.
No momento em que o grupo retornou, viu quando Wederson deixava o local apressadamente, com as mãos ensanguentadas. Ana Paula ainda estava viva, mas gemia muito e tremia. Quando o Corpo de Bombeiros chegou ao local, a vítima já estava sem vida. O criminoso fugiu, mas dias depois foi preso.
O Metrópoles apurou que Wederson estava em prisão domiciliar desde novembro de 2022. Em decisão anterior, que analisou o possível relaxamento da detenção, foi descrito que laudo criminológico identificou traços de personalidade negativa e apontou que, possivelmente, seria importante oferecer acompanhamento psicológico ao preso.