Mulher morre em UPA do DF após recusa de atendimento em hospital
Depois de algumas manobras de recuperação, a paciente foi entubada. Apesar dos esforços, a vítima não resistiu
atualizado
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A família de Patrícia Elen, 33 anos, acusa o Hospital Regional de Samambaia (HRSAM) de negligência pela morte da mulher, na manhã desta quinta-feira (6/12). A vítima procurou antedimento por volta das 8h30, mas morreu cerca de 40 minutos depois.
Parentes de Patrícia entraram em contato com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para que a equipe prestasse os primeiros socorros e a encaminhasse ao hospital, mas não havia viatura disponível no momento. Os atendentes transferiram a ligação para um médico, que orientou o solicitante a procurar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade.
Em carro particular, a mulher foi levada inicialmente para o HRSAM, mas não teria conseguido atendimento. Segundo a família, Patrícia vinha passando mal há duas semanas, com dores no peito. Recepcionista de um hospital particular de Taguatinga, ela chegou a fazer exames, que ficariam prontos na segunda (10).
A diretoria do hospital alegou não haver registro de passagem da paciente na unidade.
“Pacientes que dão entrada na emergência com a gravidade relatada pela produção [dos serviços de socorro] são encaminhados diretamente ao box de emergência do hospital. Esse protocolo serve para pacientes que chegam socorridos pelo Samu, Corpo de Bombeiros ou familiares”, diz nota encaminhada pela Secretaria de Saúde.
Parada cardiorrespiratória
Segundo a SES, a vítima já deu entrada na UPA com parada cardiorrespiratória. Foram feitas manobras de recuperação e, em seguida, a paciente foi entubada. Apesar dos esforços, a mulher não resistiu. Patrícia era casada e deixa uma filha de 4 anos.
No texto encaminhado pela Secretaria de Saúde ao Metrópoles, a pasta lamentou o ocorrido e disse se solidarizar com a família.