Mulher morre durante cirurgia plástica no Lago Sul
O caso ocorreu nesta quinta-feira (31/3) logo após ela tomar a anestesia para iniciar um procedimento de correção nas pálpebras
atualizado
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Uma mulher de 56 anos morreu durante uma cirurgia plástica na clínica Israel Pinheiro, localizada na QI 9 do Lago Sul, nesta quinta-feira (31/3). De acordo com a assessoria de imprensa do local, ela faria uma operação simples nas pálpebras, mas, logo após a sedação, apresentou um quadro clínico instável e, “mesmo com atendimento médico, veio a óbito”. Maria Conceição Costa já havia feito outros procedimentos no local. Desta vez, no entanto, sofreu choque anafilático ao ser sedada.
A clínica informou ainda que ela deu entrada no centro cirúrgico às 12h15 e teria feito todos os exames preliminares para realizar o procedimento. “A sala de cirurgia contava com dois anestesistas e dois cirurgiões, além de desfibrilador e equipamento para auferir o estado clínico da paciente”, diz nota oficial. A unidade informou ainda que Maria nem chegou a receber a anestesia local. Logo após a sedação apresentou inchaço e insuficiência respiratória.
A família se desesperou com a notícia. Por volta das 14h30 era possível ouvir gritos e pessoas chorando no terceiro andar do Centro Clínico do Lago Sul, onde funciona o hospital. “Não sabemos ainda o motivo da morte. Buscaremos saber o que houve. Aguardaremos a investigação”, afirmou o irmão da vítima, Joaquim Gomes. O caso está registrado na 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul).
Embora a nota oficial diga que Maria Conceição tinha 57 anos, ela só completaria essa idade em julho. A família corrigiu a informação. A paciente era aposentada, tinha sete irmãos e deixou três filhas. Uma das irmãs entrou junto com Maria para fazer o mesmo procedimento. Ela passa bem e deve receber alta ainda nesta quinta.
Outros casos
Entre os anos 2000 e 2002, cinco mulheres morreram e 29 tiveram deformações graves devido a complicações em cirurgias de lipoaspiração realizadas por Marcelo Caron. O médico não estaria habilitado para fazer esse tipo de intervenção, mas mesmo assim apresentava-se como especialista para pacientes de Goiás e do Distrito Federal.
Três mulheres morreram por infecção generalizada devido a erros no procedimento médico. O Ministério Público de Goiás chegou a impedir que Caron atuasse até que as investigações fossem concluídas, mas ele veio para Brasília e começou a atuar em uma clínica localizada em Taguatinga. Na região, duas mulheres morreram.
Ele chegou a ser condenado a pagar R$ 200 mil em danos morais para a família de uma das vítimas e e R$ 88 mil de indenização de danos morais e materiais a uma das pacientes que apresentou sequelas após passar por cirurgia.
No fim de 2015, uma moradora de Brasília morreu após fazer uma lipoaspiração em Goiânia. A consultora de vendas de 34 anos ainda estava na sala de cirurgia quando teve uma parada cardiorrespiratória.