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Mulher morre após endoscopia com uso de gás em clínica do Sudoeste

Segundo a família, o médico que fez o exame em Jaqueline Ferreira é Lucas Seixas Doca Júnior, que já foi acusado pela morte de outras duas mulheres

atualizado

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Reprodução
Jaqueline Ferreira
1 de 1 Jaqueline Ferreira - Foto: Reprodução

Uma mulher de 32 anos morreu esta semana depois de ser submetida a uma endoscopia, em uma clínica no Sudoeste, bairro nobre de Brasília. Jaqueline Ferreira de Almeida chegou a ser transferida para o Hospital Daher, mas não resistiu a uma parada cardiorrespiratória e morreu na madrugada de quinta-feira (20/10). Segundo a família, o médico que fez o exame em Jaqueline é Lucas Seixas Doca Júnior, que já foi acusado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) pela morte de outras duas mulheres. Ele teria usado gás em Jaqueline durante o procedimento e a vítima não teria conseguido expelir o material.

O marido dela, José Valdery Araújo, registrou ocorrência na 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul). Segundo o relato dele, a endoscopia foi realizada na quarta (19), com uso de gás, e o médico teria percebido que Jaqueline não expelia a substância. Ela, então, teria ficado em observação por várias horas, ainda na clínica. A paciente, segundo a ocorrência, apresentou inchaço na barriga e reclamou de dores abdominais. Também apresentava dificuldades respiratórias.

Internet/Reprodução
Lucas Seixas

Ainda segundo consta na ocorrência, Lucas Seixas tentou resolver o problema com um procedimento de colonoscopia feito com um colega proctologista. Sem sucesso, transferiu a vítima para o Hospital Daher, no Lago Sul, no fim da tarde de quarta (19). De acordo com a Polícia Civil, Jaqueline foi levada para o hospital, sedada e inconsciente, e teve uma parada cardiorrespiratória.

Lucas Seixas e os funcionários do Daher tentaram reanimá-la por 25 minutos. O marido de Jaqueline afirmou aos policiais que Seixas abriu o abdômen da paciente e, em seguida, a submeteu a uma cirurgia de aproximadamente duas horas. Mas, durante a madrugada de quinta (20), ela morreu na unidade de terapia intensiva (UTI) do Daher.

O corpo da vítima foi enterrado no cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, na tarde desta sexta (21). Jaqueline deixa uma filha de 11 meses.

Denúncias
Essa não é a primeira vez que Seixas é acusado pela morte de uma paciente. O MPDFT o acusa de ter sido responsável pela morte da professora Fernanda Werling, em 2006, depois de complicações de uma cirurgia de redução do estômago feita por ele.

Segundo o MPDFT, o médico teria realizado a intervenção sem que a paciente tivesse indicação para o procedimento. Seixas também foi acusado da morte da psicóloga Maria Cristina Alves da Silva, em 2008. A denúncia do MPDFT é a mesma nos dois casos.

O Metrópoles entrou em contato com a clínica Endogastrus, onde Lucas Seixas atende, no Centro Clínico Sudoeste. Uma funcionária ficou de retornar as ligações, mas, até a última atualização desta matéria, ninguém havia ligado para falar sobre o procedimento. A reportagem também tentou ouvir parentes de Jaqueline, por telefone, mas eles não atenderam.

Por meio de assessoria, o Hospital Daher informou que apenas recebeu a paciente já em estado grave e prestou todo o atendimento necessário para tentar salvar a vítima.

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