Mulher impedida de usar biquíni em parque de Brasília é indenizada
Servidora pública foi repreendida por pedalar com a parte de cima do traje de banho, em maio deste ano
atualizado
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A servidora pública Patrícia Nogueira, que foi repreendida por usar a parte de cima do biquíni para realizar atividades físicas ao ar livre, na beira do Lago Paranoá, recebeu R$ 3.056,66 como indenização por danos morais. A condenação aconteceu em agosto, mas a Empresa Sul Americana de Montagens (Emsa), responsável pela gestão do Pontão do Lago Sul, poderia recorrer. A companhia não deu continuidade ao processo e já depositou o dinheiro.
Patrícia decidiu doar a quantia a alguma entidade que trabalhe com apoio a mulheres vítimas de violência doméstica, mas ela ainda não decidiu qual. “Tenho algumas indicações de pessoas amigas e conhecidas que desenvolveram trabalhos relevantes nesta área aqui no DF. Quero conhecer os projetos pessoalmente, bem como conversar com quem está à frente deles, para decidir a quem doar esse dinheiro”, explicou.
“É importante para mim que seja algo que valha a pena, que faça diferença na vida de outras mulheres. Hoje é um dia feliz”, concluiu.
Abordagem
O caso foi revelado em maio deste ano pelo Metrópoles, após Patrícia ter sido abordada por um vigilante para que ela vestisse a camiseta, por ser uma regra interna do complexo de lazer. O lugar é cedido por meio de concessão para administração particular.
A abordagem foi gravada e indica que o funcionário terceirizado teria repreendido a visitante porque o uso de “trajes de banho” é proibido no centro que reúne vários restaurantes e lanchonetes. Patrícia, contudo, também usava short e tirou a camiseta apenas para poder aproveitar o sol daquela manhã.
Durante a gravação da abordagem, a servidora pública percebeu a aproximação de um homem sem camisa, sem que fosse igualmente alertado pela equipe de segurança do local. O Pontão afirmou que a abordagem foi equivocada.
Veja o vídeo: