Mulher estrangulada será enterrada nesta 6ª (5/8); marido é suspeito
O velório de Jeanne Pires dos Santos, 31 anos, será no cemitério de Taguatinga e está previsto para começar às 13h30 desta sexta-feira (5/8)
atualizado
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O enterro de Jeanne Pires dos Santos, 31 anos, morta ao ser estrangulada, nesta quarta-feira (3/8), na residência onde morava com o marido, Leandro Nunes Caixeta, 34, em Ceilândia Norte, está marcado para esta sexta-feira (5/8) no Cemitério Campo da Esperança, em Taguatinga. O velório está previsto para as 13h30, e o sepultamento, para as 15h. O companheiro dela é o principal suspeito do feminicídio — o 12º no ano — e segue foragido.
“Estamos todos arrasados pelo fato, porque ninguém sabia que ele batia nela. A gente não sabia como eles viviam, não tínhamos os detalhes”, lamenta Thamires Pires, 19, prima da vítima.
De acordo com a familiar, o casal era vizinho e começou a se relacionar há cerca de 12 anos. Nesse período, tiveram idas e vindas, e o convívio era conturbado. A vítima deixa uma filha, de 11 anos, que não estava no local do crime na hora do assassinato.
Em nota, a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher 2 (Deam) informou que Leandro procurou o posto do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), próximo à residência deles, pois a vítima estava com dificuldades para respirar. Os militares depararam-se com a vítima caída no quarto do casal e realizaram manobras de salvamento, sem sucesso. A vítima morreu no local.
De acordo com o Samu, a vítima teve parada cardiorrespiratória e tinha hematomas pelo corpo.
Veja nota na íntegra:
“A Deam 2 — Delegacia Especial de Atendimento à Mulher — informa que, em relação ao crime de feminicídio ocorrido em Ceilândia, hoje, por volta das 8h, o suposto autor da agressão, companheiro da vítima, procurou o posto dos bombeiros, próximo à residência do casal, pois sua companheira estava com dificuldades para respirar.
Ao chegar no local, a equipe do CBMDF se deparou com a vítima caída no quarto do casal. Após realizaram manobras de salvamento, sem sucesso, a vítima veio a óbito no local.
Assim que iniciou o socorro, o suspeito fugiu do local. Durante o levantamento pericial, foram evidenciados sinais de violência no corpo da vítima, indicativo de estrangulamento, mas apenas os médicos legistas poderão confirmar no laudo cadavérico essa informação.
A vítima, uma mulher de 31 anos, convivia com o suspeito havia oito anos, e tinham uma filha em comum. Ela já tinha registrado uma ocorrência no ano de 2021 na Deam 2, mas o processo foi arquivado. No entanto, não é possível saber o motivo do arquivamento devido à suspensão temporária do site do TJDFT.
Demais detalhes serão passados ao final da investigação, que seguirá em sigilo.”
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Casos passados
O caso dessa quarta soma-se aos outros 11 feminicídios registrados, em sete meses, no DF. No mesmo período de 2021, 16 mulheres perderam a vida pelo crime de ódio. Apesar da redução, os assassinatos seguem chocando e indignando moradores da capital federal. Todos envolveram selvagerias como esfaqueamentos, estrangulamentos, espancamentos, além da vítimas também terem sido alvejadas ou queimadas.
Junho foi o mês que encerrou com o maior número de casos de feminicídio em 2022, com três mortes. Veja:
- Janeiro – dois casos;
- Fevereiro – dois casos;
- Março – um caso;
- Maio – dois casos;
- Junho – três casos.
- Julho – um caso.