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Mulher diz ter sido expulsa de festa no Calaf ao defender Bolsonaro

Na noite de último domingo (13/3), a cliente interrompeu a entrega de um prêmio e protestou a favor do presidente Bolsonaro

atualizado

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Mulher antes de briga no bar Outro Calaf. A confusão teria começado após ela defender o presidente Bolsonaro - Metrópoles
1 de 1 Mulher antes de briga no bar Outro Calaf. A confusão teria começado após ela defender o presidente Bolsonaro - Metrópoles - Foto: null

Uma mulher de 42 anos protagonizou uma confusão durante o encerramento oficial das atividades do Outro Calaf, no Setor Comercial Sul, em Brasília, na noite do último domingo (13/3). Ela teria interrompido a cerimônia de entrega do Prêmio Marielle Franco de Direitos Humanos, da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), para manifestar-se a favor do presidente Jair Bolsonaro (PL).

A versão da mulher que teria causado a confusão é a de que a “expulsaram do bar arrastada, após uma gravata, além de ter tido a roupa arrancada”. Ela compareceu à 5ª Delegacia de Polícia (Área Central) e registrou boletim de ocorrência. Em nota, o Outro Calaf afirmou que “jamais” expulsaria alguém do bar por ter uma opinião política diferente da vigente no estabelecimento.

Segundo Priscila Calaf, que representa o estabelecimento, a mulher subiu ao palco e tentou interrompê-la enquanto falava. “Depois da minha fala, continuou no palco se manifestando e falando ‘Fica, Bolsonaro'”, explica. A empresária detalhou ainda que a mulher teria descido do local e iniciado confusões com, ao menos, três outros grupos de frequentadores. Em seguida, foi retirada do bar.

“Foi um episódio pontual, que nos entristece, mas não apaga a importância de tudo o que vivemos ao longo dos 32 anos de Brasília”, reforça Priscila.

Veja imagens da confusão:

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A confusão foi motivada pela defesa do presidente Jair Bolsonaro (PL)
A mulher, então, diz ter sido agredida por pessoas com as quais discutia
Ela disse ainda ter sido arrastada, após uma gravata, além de ter tido a roupa arrancada
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Ao descer do palco, a mulher teria começado a discutir com algumas pessoas que também estavam no evento

Material concedido ao Metrópoles
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A confusão foi motivada pela defesa do presidente Jair Bolsonaro (PL)

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A mulher, então, diz ter sido agredida por pessoas com as quais discutia

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Ela disse ainda ter sido arrastada, após uma gravata, além de ter tido a roupa arrancada

Material concedido ao Metrópoles

 

A mulher afirmou aos policiais que, durante a festa, parte do público começou a xingar o presidente da República, logo antes dela reagir e gritar a favor do mandatário. Nesse momento, disse ter sido alvo de agressões. Ela considera que estava “exercendo sua democracia”.

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) segue investigando o caso.

Após a reportagem publicada, Bruna Peixoto, 40, entrou em contato com o Metrópoles para explicar uma cena do vídeo. Ela aparece no segundo 25, de vestido verde, separando a mulher agredida de um grupo de pessoas.

Segundo Bruna, agiu para proteger a integridade física da mulher desde que ela desceu do palco e começou a ser hostilizada. Sem preferência política, também disse que não a conhece. “Independentemente de ser direita ou esquerda, a gente não pode se comportar dessa força. Fui a única a ajudar contra aquele efeito manada. Isso é desumano”, lamenta.

Leia nota do Calaf na íntegra:

“O Outro Calaf fechou as portas em definitivo no domingo, após 32 anos de funcionamento, e portanto não temos mais equipe. Na noite de domingo, o Outro Calaf recebeu o Prêmio Marielle Franco de Direitos Humanos na categoria arte e cultura. Enquanto acontecia a premiação, uma frequentadora subiu ao palco e tentou interromper a cerimônia, o que provocou a comoção dos clientes. Ao descer do palco, a mulher envolveu- se em repetidas confusões e agrediu frequentadores, funcionários e segurancas, o que acabou levando à sua retirada do bar. Ao analisar as filmagens de parte dos acontecimentos, reafirmamos que não coadunamos com a conduta da segurança terceirizada – nenhum tipo de violência é justificável- e já encaminhamos reclamação para a empresa responsável. O Calaf sempre foi um espaço de defesa da democracia, do diálogo e da verdade. Jamais expulsaríamos alguém do bar por ter uma opinião política diferente da nossa. Viva a democracia.”

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