metropoles.com

Mulher denuncia homem após vazamento de vídeo íntimo: “Foi covarde”

Em entrevista ao Metrópoles, Thalyssa Oliveira desabafou após ter sua vida íntima vazada. Autor das gravações mudou-se para a Bahia

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução/Redes sociais
Homem de chapéu com carro ao fundo - Metrópoles
1 de 1 Homem de chapéu com carro ao fundo - Metrópoles - Foto: Reprodução/Redes sociais

“Acabaram com a minha vida. Não consigo trabalhar e sair na rua”. Assim, a auxiliar administrativa Thalyssa Oliveira Araújo, 26 anos, define o que tem sido as últimas semanas após ter vídeos íntimos vazados nas redes sociais, em Planaltina (GO), no Entorno do Distrito Federal. O autor das gravações seria o vendedor de carros Rafael Portilho Xavier (foto em destaque), 40. O caso é investigado pela Polícia Civil de Goiás (PCGO).

O suspeito é sobrinho do ex-prefeito de Planaltina Ronaldo Portilho e irmão de um ex-vereador da cidade. Após as denúncias, Rafael teria se mudado para a Bahia.

Ao Metrópoles a vítima contou que conhecia o homem apenas de vista. “Nunca tinha passado de um ‘oi, tudo bem?”. No último dia 31, aproveitando o fim das férias, Thalyssa decidiu ir a um bar da cidade com amigos. No local, acabou encontrando por acaso com o investigado.

Em rápida conversa, eles combinaram de continuar bebendo. Foi, então, que ambos decidiram ir para casa de uma amiga da vítima. “Continuamos bebendo e extrapolei. Até então, eu queria ficar com ele e fui no carro dele até a casa da minha amiga. Tudo isso com o meu consentimento”, explicou.

Veja fotos do autor das gravações e o desabafo da vítima:

3 imagens
Rafael havia fugido para a Bahia
Rafael Portilho é o autor das gravações que expôs jovem na web
1 de 3

Homem é parente de pessoas influentes na política de Planaltina (GO)

Reprodução/Redes sociais
2 de 3

Rafael havia fugido para a Bahia

Reprodução/Redes sociais
3 de 3

Rafael Portilho é o autor das gravações que expôs jovem na web

Reprodução/Redes sociais

Após um tempo, os dois decidiram ir para um hotel. “Ele disse que estava recém-separado, morando em hotel e me convidou”. No local, o casal manteve relação sexual. No entanto, durante o ato, Rafael teria realizado a gravação de forma criminosa e sem consentimento de Thalyssa. “Eu estava muito embriagada, e não consegui ver a gravação. Ele gravou e não fiquei sabendo”.

No outro dia, os dois continuaram juntos na casa de amigos, quando chegou a notícia de que um vídeo estava circulando. “Ele ali comigo ainda falou assim: ‘Deixa eu te falar uma coisa: parece que está rolando um vídeo nosso na cidade’. Na hora, entrei em desespero”, diz.

A gravação logo se espalhou pelas redes sociais. “Ele falou para o meu irmão que foi enviar um documento para uma pessoa e acabou enviando o vídeo sem querer”, complementa.

Confira a repercussão em grupos:

2 imagens
Integrantes do grupo zombam das imagens
1 de 2

Imagens ganharam rapidamente as redes sociais

Material cedido ao Metrópoles
2 de 2

Integrantes do grupo zombam das imagens

Material cedido ao Metrópoles

Tentativa de suicídio

Abalada com a exposição, a vítima conta ter tentado o suicídio. “Na sexta-feira, quando deu 11h, eu peguei três caixas de remédio controlado para dormir, tarja preta, e tomei”, revela. Dentro de 10 minutos, a jovem apagou. Thalyssa acordou apenas no domingo (5/6), às 13h, no hospital.

“Pessoas de todos os lugares que não me conhecem estão acabando comigo, falando que eu era amante de um homem casado, me chamando de garota de programa e muitas outras coisas”, lamenta.

“Acabaram com a minha vida. Não param de infernizar minha família com contas fakes mandando os vídeos. Todo mundo está passando mal pelo abalo emocional. Não consigo trabalhar e sair”, finaliza.

Investigação

O caso foi registrado na Delegacia Planaltina de Goiás. Segundo o delegado Thiago César de Oliveira Silva, um desfecho deve ocorrer nos próximos dias. “Nós estamos investigado. Já foi instaurado inquérito e ouvimos todos os envolvidos”, aponta.

Rafael Portilho pode ser indiciado com base no Artigo nº 218 do Código Penal, que dispõe sobre “oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, vender ou expor à venda, distribuir, publicar ou divulgar, por qualquer meio fotografia, vídeo ou outro registro audiovisual que contenha cena de estupro ou de estupro de vulnerável ou que faça apologia ou induza a sua prática, ou, sem o consentimento da vítima, cena de sexo, nudez ou pornografia”.

A pena corresponde a reclusão de 1 a 5 anos. Segundo a lei, o caso pode sofrer aumento de pena de um a dois terços se o delito for praticado por “agente que mantém ou tenha mantido relação íntima de afeto com a vítima ou com o fim de vingança ou humilhação”.

Outro lado

O Metrópoles entrou em contato com o suspeito de gravar as imagens, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço segue em aberto para possíveis manifestações.

Quer ficar ligado em tudo o que rola no quadradinho? Siga o perfil do Metrópoles DF no Instagram.

Quer receber notícias do DF direto no seu Telegram? Entre no canal do Metrópoles: https://t.me/metropolesdf.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?