Mulher de maníaco: “Estamos com medo das pessoas. Sendo ameaçadas”
A companheira de Marinésio Olinto disse que não sabia dos crimes cometidos pelo homem com quem viveu durante 19 anos
atualizado
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A companheira de Marinésio dos Santos Olinto, 41 anos, considerado como um maníaco por investigadores, disse temer pela integridade dela, da filha e demais familiares. “Estamos com medo das pessoas. Sendo ameaçadas”, disse a mulher, em entrevista ao Metrópoles.
Marinésio morava com a companheira e a filha, de 16 anos, em uma casa humilde no Vale do Amanhecer, em Planaltina. Tinha uma vida acima de qualquer suspeita, segundo pessoas próximas. O homem de 1,60 m de altura é considerado calmo. “Vivi com ele muitos anos [19, no total] e não sabia de nada. Era um bom marido e bom pai. Nunca agrediu minha filha. Estamos arrasadas”, disse.
Após ser preso, o cozinheiro confessou ter matado duas mulheres e afirmou que pagará pelos crimes. “Só peço desculpas a todos. Minha família não merecia estar passando por isso. Vou pagar o que eu fiz”, disse o homem, detido na madrugada de domingo (25/08/2019) pelo assassinato de Letícia Sousa Curado, 26, funcionária terceirizada do Ministério da Educação (MEC) que estava desaparecida desde a sexta-feira (23/08/2019).
As declarações foram dadas na segunda (26/08/2019), na 31ª Delegacia de Polícia (Planaltina), região administrativa onde Letícia morava com o marido e o filho, de 3 anos.
“Não era eu que estava ali. Eu não sei explicar… Quando vi, já tinha acontecido”, disse Marinésio. Ele acrescentou: “Eu quero que vocês tenham raiva de mim, mas essa família que eu tenho não merece essa pessoa que eu sou”.
Além de Letícia, o homem confessou ter matado a auxiliar de cozinha Genir Pereira de Sousa, 47. Segundo denúncias que estão sendo investigadas, o cozinheiro pode ter atacado pelo menos 12 mulheres no DF. Sempre com o mesmo modus operandi: as vítimas eram abordadas em paradas de ônibus ou rodoviárias pelo cozinheiro, que se passava por loteiro (motorista de lotação).
O homem usava sua Blazer prata, placa JFZ 3420-DF, nos crimes. O carro passou por análise minuciosa do Instituto de Criminalística da Polícia Civil. Os peritos buscam principalmente material genético das vítimas no veículo. Fios de cabelos e sangue, caso sejam encontrados, podem ser confrontados com o DNA das pessoas que acusam o maníaco de crimes graves, como abuso sexual.