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Mulher de comerciante que levou coronhada de PM pede justiça: “Sangrava e ele não parava”

Agressão aconteceu em Formosa na tarde de sexta-feira (12/5). Câmeras de segurança e testemunhas registraram a abordagem

atualizado

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1 de 1 Print-policial-agride-comerciante - Foto: Reprodução

Momentos após presenciar o marido ser agredido por um policial militar do Distrito Federal em Formosa (GO), a mulher do comerciante gravou um vídeo pedindo justiça às autoridades locais.

“Ele [PM] entrou em nosso local de trabalho e começou as agressões. Meu marido começou a sangrar e ele continuou batendo. Eu peço justiça ao senhor prefeito e aos vereadores de Formosa”, disse a mulher.

A agressão aconteceu por volta das 13h50 de sexta-feira (12/5). Câmeras de segurança flagraram o momento em que o policial militar entra em um bar e passa a agredir o dono do local com golpes e coronhada. O agente chegou a ser preso no sábado (13/5), mas foi liberado depois de pagar R$ 10 mil de fiança.

No desabafo, a mulher explica que toda a confusão começou por causa de um carro de som que estava do lado de fora do estabelecimento. Conforme narrou, o policial teria discutido com o dono do automóvel e seguido para dentro do comércio. As agressões começaram em seguida.

Ouça:

 

7 imagens
O caso aconteceu por voltas às 13h50 de sexta-feira (12/5)
As imagens mostram o PM se aproximando da vítima, que está ao lado de uma mulher, ambos atrás do balcão
O militar começa a gritar para o homem sair local.
Em certo momento da gravação, outras pessoas chegam ao local e tentam apaziguar os ânimos, em vão.
Em um dos vídeos, e mesmo com a vítima algemada, o militar dá uma rasteira que o faz cair de costas no chão
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Câmeras de segurança flagraram o momento em que um Policial Militar do Distrito Federal entra em um comércio em Formosa, no Entorno, e passa a agredir um funcionário com golpes e coronhada

Material cedido ao Metrópoles
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O caso aconteceu por voltas às 13h50 de sexta-feira (12/5)

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As imagens mostram o PM se aproximando da vítima, que está ao lado de uma mulher, ambos atrás do balcão

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O militar começa a gritar para o homem sair local.

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Em certo momento da gravação, outras pessoas chegam ao local e tentam apaziguar os ânimos, em vão.

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Em um dos vídeos, e mesmo com a vítima algemada, o militar dá uma rasteira que o faz cair de costas no chão

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“Eu quero pedir a ajuda de todos vocês para termos justiça. Meu marido foi espancado em nosso local de trabalho por um policial lá de Brasília, que se achou no direito de tirar satisfação com a gente por conta do carro de som de um cliente”, começou.

“Ele [policial] caiu na luta com o cliente. Eu tirei meu marido de lá e disse que não tínhamos nada a ver com isso. E então, ele [policial] entra no meu bar, momento em que meu marido pede calma porque eu estou grávida, e começa as agressões. Meu marido sangra e ele continua batendo no meu marido”, explicou.

A mulher diz, ainda, que o spray de pimenta utilizado pelo PM durante a abordagem “quase a sufocou”. “Eu estou passando mal até agora”, pontuou. “[…] Trabalhamos duro para pagar os nossos impostos para alguém chegar e agredir o meu marido do nada. Não foi ele quem desacatou o policial. Vídeos que circulam no Facebook mostram quem o desacatou, e ele não prendeu”, finalizou.

Entenda

Imagens de câmeras do comércio mostram o PM se aproximando da vítima, que está ao lado da esposa, ambos atrás do balcão. O militar começa a gritar para o homem sair do local. Diante da recusa e ao ser indagado sobre o motivo da abordagem, o militar joga um spray de pimenta no rosto do comerciante e passa a arrastá-lo para fora.

Enquanto o homem pede calma e se recusa deixar o estabelecimento, o policial dá uma coronhada na cabeça dele.

Veja:

Em certo momento da gravação, outras pessoas chegam ao local e tentam apaziguar os ânimos, mas a atitude é em vão. Então, o policial solta o comerciante, que caminha ensanguentado em direção à rua.

Do lado de fora, o alvoroço continua. Nesse momento, testemunhas também passam a registrar a ação do PM. Um dos vídeos mostra que, mesmo com a vítima algemada, o militar dá uma rasteira que a faz cair de costas no chão. Por outra vez, pessoas tentam interferir na abordagem, mas o policial passa a atacar algumas delas também.

Confira:

Procurada, a Polícia Militar do Distrito Federal informou “que os procedimentos de identificação e apuração, a respeito da conduta do policial, já foram iniciados”: “A corporação reafirma que não coaduna com desvios de conduta de seus integrantes e todas condutas contrárias à lei e seus regulamentos são apuradas e devidamente penalizadas”.

Em nota enviada à reportagem, o escritório Almeida Advogados, que defende o policial, afirma que “as imagens veiculadas pela mídia e redes sociais não retratam a íntegra dos fatos, mas apenas momentos isolados os quais não permitem demonstrar a real dinâmica dos fatos”. O comunicado acrescenta que “tudo se iniciou devido a prática da contravenção penal de perturbação do sossego alheio e posteriormente da prática de crime de desacato por parte do proprietário do estabelecimento”.

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