Mulher achada morta no DF: polícia prende três suspeitos
Polícia Civil investiga se Rubiana reagiu a estupro dentro de apartamento no Guará. Uma suspeita do crime está entre os presos
atualizado
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Dois homens e uma mulher foram presos suspeitos de envolvimento no assassinato de Rubiana Rosa dos Santos (foto em destaque), 44 anos. A dupla foi surpreendida por policiais da 4ª DP (Guará) no prédio onde reside, na QE 40 da região administrativa, mesmo local onde Rubiana foi vista com vida pela última vez.
A mulher foi encontrada morta, em 21 de outubro, por funcionários de uma oficina. Rubiana estava dentro de um tanque do estabelecimento. De acordo com o delegado-chefe da 4ª DP, João Maciel, um dos presos chegou a mencionar a motivação do crime. “Disse que houve uma tentativa de crime sexual e a vítima reagiu. O outro suspeito, no entanto, ainda não prestou depoimento e aguarda a chegada do advogado”, disse.
Além dos dois homens, identificados como Wilson Rodrigues Amodeo e Uarlei Alves de Lima, que estão presos preventivamente, a polícia acredita que a companheira de Wilson, Danúbia Mangueira de Santana, também estava no local do crime. Ela acabou detida em um hotel em Samambaia.
Uarlei já tinha passagem por receptação e Wilson, por violência contra mulher (Lei Maria da Penha). O delegado informou que pediu a prisão dos suspeitos após analisar mais de 30 horas de gravações de câmeras de segurança do prédio onde ocorreu o crime e a partir das contradições apresentadas pelos envolvidos na DP.
Depoimento
O casal estava desaparecido desde a data do crime e se apresentou aos policiais da 4ª DP na quinta-feira (24/10/2019), para prestar depoimento. A versão narrada pela dupla, no entanto, não convenceu as autoridades policiais, que praticamente descartaram a hipótese de que Rubiana tenha sofrido um acidente.
O delegado João Maciel explicou que o casal é proprietário do imóvel onde Rubiana esteve. “Ainda não sabemos como tudo aconteceu. Descobrimos que eles são donos do apartamento onde a vítima estava. Tiveram uma discussão 30 minutos antes da morte”, explicou. “Ela caiu em pé e teve fratura exposta no tornozelo. Pode ter escorregado também, parece que se segurou nos grilhões e nas telhas na descida. A queda foi muito rente ao prédio. Seria difícil uma pessoa jogá-la de lá, a queda seria mais afastada”, completou o investigador.
Edilson Gonçalves, 40, dono da oficina, contou ao Metrópoles que chegou ao local por volta de 7h50 e se espantou quando viu o corpo: “Abrimos a porta para ligar o compressor, que fica na parte de peças, e me deparei com a telha quebrada. Achei que era uma pedra que poderia ter caído por causa da obra. Quando olhei para o chão, vi o corpo dentro do tanque de lavar peças. Na hora, acionei a polícia e os bombeiros. Estou chocado”.
Vizinhos relataram ter escutado um barulho muito alto no sábado (19/10/2019) à noite, por volta das 23h. Amigos que estiveram no local disseram à reportagem que Rubiana estava fazendo acompanhamento psicológico e tomava remédios contra depressão. Mãe de três filhos, estava separada havia dois anos e tinha um namorado.