MPGO investiga empresa de energia elétrica por fraude em licitações
MPGO abriu investigação criminal contra Equatorial Goiás por fraude em licitações já que municípios têm problemas fornecimento de energia
atualizado
Compartilhar notícia
O Ministério Público de Goiás (MPGO) abriu um procedimento de investigação contra a Equatorial Goiás Distribuidora de Energia pelo possível crime de fraude a licitações. A empresa foi contratada pelo governo do estado para fornecer energia à população dos municípios de Formosa e Cabeceiras. No entanto, de acordo com o MPGO, as quedas e interrupções diárias de eletricidade têm causado gravíssimos transtornos e prejuízos financeiros e morais pessoais a mais de 100 mil cidadãos.
As cidades sofrem com recorrentes quedas, interrupções e oscilações de energia, que ocorrem quase que diariamente, sendo agravadas nos últimos dois meses. Apesar disso, através de contrato milionário celebrado com o governo, a empresa garantiu que forneceria eletricidade de qualidade e em quantidade adequada.
Para o Ministério Público de Goiás, com a alteração do serviço prometido em contrato, há uma possível fraude de licitação. A pena para crime pode chegar a oito anos de reclusão e o pagamento de multa. O MPGO já determinou o envio de ofício à empresa para analisar quais providências foram adotadas, de forma efetiva, para a solução dos problemas no fornecimento de energia elétrica.
Douglas Chegury, promotor de Justiça responsável pelo caso, afirmou: “Nós vamos agora dar prosseguimento à investigação, ouvindo as vítimas e analisando a documentação que foi enviada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que é a agência reguladora, e mais os contratos e o procedimento enviado pelo governo do estado de Goiás”.
Nessa segunda-feira (6/11), no prédio do MPGO em Formosa, foi realizada a primeira audiência pública promovida para ouvir vítimas da Equatorial. Durante as duas horas de audiência, os moradores da região relataram a situação de precariedade e centenas de prejuízos materiais e emocionais que têm enfrentado. Outras vítimas da empresa podem fazer contato com a promotoria de Justiça, por meio do telefone 61 99116-0103, para agendar data e horário a fim de serem ouvidas.
Procurada pelo Metrópoles, a Equatorial Goiás informou que ainda não foi notificada sobre o procedimento do Ministério Público e que, assim que o for, tomará as medidas cabíveis. “Prezando pelo seu valor transparência, reitera que segue aberta ao diálogo com as autoridades e entidades para prestar todos os esclarecimentos necessários”, afirmou a empresa.