MPF-DF instaura procedimento para investigar invasões a prédios públicos
Medida atende a pedido do Procurador-Geral da República, Augusto Aras. No entanto, informações estão sob sigilo
atualizado
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O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF-DF) instaurou, sob regime de urgência, uma notícia de fato criminal para investigar as invasões aos prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto ocorridas neste domingo (8/1).
O procedimento, aberto pelo plantão da Procuradoria será recebido por um procurador neste domingo (8/1). As informações estão sob sigilo.
A medida se deu após os atos de vandalismo praticados por bolsonaristas que não aceitam a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022.
A notícia de fato criminal veio em resposta a um pedido do Procurador-Geral da República, Augusto Aras, que cobrou abertura de procedimento investigatório com responsabilização dos envolvidos.
Aras também colocou a Secretaria de Perícia, Pesquisa e Análise (Sppea), da PGR, à disposição do MPF-DF, a fim de preservar gravações e postagens que possam levar à identificação dos infratores.
Augusto Aras entrou em contato com o procurador-geral de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, Georges Seigneur, para que atue no controle externo da atividade policial no DF.
Invasões
Por volta das 14h40, extremistas invadiram o Congresso Nacional. Em seguida, conseguiram passar pelas barricadas da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e entrar no Palácio do Planalto, sede da Presidência da República.
Eles protestam contra a vitória de Lula e conseguiram passar pelas forças de segurança para provocar inúmeros danos em prédios dos Três Poderes.
Horas após o início do quebra-quebra, o governador Ibaneis Rocha (MDB) determinou a exoneração do secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres.
O presidente Lula (PT) decretou intervenção federal na segurança pública do DF até 31 de janeiro.