MPF denuncia comerciante do DF que contrabandeou cigarros do Paraguai
Carga avaliada em R$ 1,1 milhão foi apreendida próximo a Brasília, em 2014. Na época, o acusado ainda tentou fugir, mas acabou preso
atualizado
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O Ministério Público Federal (MPF-DF) denunciou à Justiça um comerciante de Brasília acusado de contrabandear cigarros do Paraguai. Em 2014, Anderson Ferreira Teixeira foi preso depois de ser flagrado fazendo a escolta de um caminhão que trazia mil caixas de cigarros de três marcas e que, conforme revelaram as investigações, foram produzidos no país vizinho. O produto apreendido na operação foi avaliado em R$ 1,1 milhão.
Se for condenado, ele pode pegar de dois a cinco anos de reclusão. O MPF pediu, ainda, que Anderson seja obrigado a pagar indenização pelos danos decorrentes da infração.
Na ação, o procurador da República Francisco Vollstedt Bastos detalha o envolvimento do acusado no crime. Segundo a denúncia, Anderson Ferreira começou a ser investigado pela Delegacia Especializada em Crimes contra a Propriedade Imaterial (DCPIM) a partir de informações anônimas, segundo as quais ele faria parte de uma organização criminosa responsável pelo contrabando de cigarros que eram comercializados no Distrito Federal.
À época, março de 2014, os agentes da Polícia Civil foram informados de que ele havia viajado até o Paraguai e que retornaria a Brasília em um carro utilitário como “batedor” de um caminhão vermelho que transportaria a carga contrabandeada.Os dados foram confirmados no dia 13 de março, quando tanto o caminhão quanto o carro conduzido por Anderson foram identificados e localizados na BR-070, próximo à capital federal. O acusado ainda tentou fugir, mas acabou preso após perseguição policial.
No veículo, os agentes confirmaram a prova do crime. “A equipe de policiais civis, com o apoio de policiais rodoviários federais, se deslocou até a oficina mecânica onde estava estacionado o caminhão, arrombou cadeado do baú do veículo e constatou que estava lotado de caixas de cigarro contrabandeado”, destaca um dos trechos da denúncia.
A confirmação de que a origem do produto era o Paraguai foi feita por uma perícia criminal. Na época, um procedimento administrativo instaurado pela Receita Federal atestou o não recolhimento de impostos, o que levou a aplicação de multa ao envolvido.
Além disso, foi determinado o perdimento – tanto da mercadoria quanto do caminhão utilizado para transportar o cigarro. A denúncia contra Anderson Ferreira será apreciada na 10ª Vara Federal em Brasília.