MPDFT pede informações sobre segurança de jogos no Mané Garrincha
Histórico de violência nas partidas realizadas em Brasília preocupam promotores do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios
atualizado
Compartilhar notícia
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) pediu explicações à Secretaria de Esporte, à Federação de Futebol e à Polícia Militar (PMDF) sobre a segurança para os próximos jogos no Mané Garrincha. Neste sábado (25/05/2019), haverá confronto entre Botafogo e Palmeiras, pelo Campeonato Brasileiro, e, em 5 de junho, ocorrerá o amistoso entre Brasil e Catar. O órgão de controle alegou estar preocupado com “possíveis atos de violência.”
A Procuradoria Distrital dos Direitos do Cidadão (PDDC), do MPDFT, enviou ofício a todas as partes na última quarta-feira (22/05/2019) e deu prazo de cinco dias úteis para receber as respostas. Segundo nota do órgão, foi solicitada à Secretaria de Esportes a cópia da documentação relacionada ao alvará dos jogos. Além disso, os promotores querem ser avisados com antecedência sempre que houver agendamento de qualquer evento esportivo no estádio, seja local ou nacional.
A PMDF deverá repassar ao Ministério Público o plano de segurança dos jogos, assim como informações sobre a realização de reuniões prévias com as torcidas. Da Federação de Futebol, a procuradoria quer saber qual entidade organizará a partida deste sábado e os meios de contato com os responsáveis.
O jogo entre Botafogo e Palmeiras será o primeiro de três previstos para acontecer no DF pelo Brasileirão. Também devem ocorrer na capital as partidas Fluminense x Flamengo e CSA x Flamengo. O amistoso da Seleção Brasileira, por sua vez, faz parte da preparação da equipe para a Copa América.
Histórico conturbado
A torcida do Palmeiras protagonizou atos de violência no Mané Garrincha, em junho de 2016, quando o time paulista veio ao DF para jogar contra o Flamengo. Dois integrantes de uma torcida organizada alviverde foram presos e, posteriormente, condenados a penas entre 7 e 20 anos de prisão por tentativa de homicídio e lesão corporal gravíssima contra um homem.
Naquele mesmo ano, uma partida entre Vasco e Vila Nova, válida pela Série B do Campeonato Brasileiro, também registrou episódios de agressão entre torcedores, apesar do público pequeno.
O procurador distrital dos Direitos do Cidadão, Eduardo Sabo, intensificou a fiscalização preventiva dos eventos esportivos no DF, em especial nos jogos de futebol, diante desse histórico. “Precisamos trabalhar para que o Estatuto do Torcedor seja respeitado e para que os estádios sejam ambientes alegres e seguros para as famílias do DF”, concluiu.