1 de 1 Agente do esquadrão anti-bombas da PCDF utiliza equipamento especial para desarmar bomba deixada perto de Aeroporto por extremistas bolsonaristas - Metrópoles
- Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) pediu a condenação de George Washington Oliveira, 54 anos, e Alan Diego dos Santos Rodrigues, 32, presos por envolvimento na tentativa de atentado terrorista com bomba nos arredores do Aeroporto Internacional de Brasília, em dezembro do ano passado. A alegação final é desta segunda-feira (10/4).
De acordo com o MP, a Promotoria Criminal pediu a condenação dos réus pelo crime de explosão, quando se expõe “a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos”.
A pena prevista para o crime é de 3 a 6 anos de prisão e multa. O MPDFT ainda pediu o aumento da pena em 1/3, já que o crime foi cometido tendo como alvo depósito de combustível. De acordo com MP, George Washington também é acusado de porte ilegal de arma de fogo.
Artefato localizado no aeroporto tinha relógio capaz de acionar a explosão
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Polícia atuou para desarmar explosivo achado próximo ao aeroporto
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Desativação do explosivo mobiliza bombeiros e policiais militares
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Equipe do Esquadrão de Bombas
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Artefato explosivo foi encontrado no Aeroporto de Brasília
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Se necessário, um robô dotado de sistema de câmeras poderia ser utilizado para desativar os artefatos explosivos
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Por causa da operação, uma das faixas de via perto do terminal aéreo teve de ser interditada
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Equipes de segurança do DF acompanham a ocorrência
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Artefato explosivo estava em área próxima ao Aeroporto de Brasília
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O artefato explosivo foi encontrado próximo à unidade aeroportuária. De acordo com a investigação da Polícia Civil do DF, a bomba chegou a ser acionada, em 24 de dezembro de 2022, mas não funcionou. O explosivo foi colocado em um caminhão-tanque que entraria no aeroporto. Se detonado, teria provocado uma tragédia, constatou a investigação.
Na véspera do Natal, equipes da Polícia Militar (PMDF) e do Corpo de Bombeiros (CBMDF), com apoio da Polícia Federal (PF) e da Polícia Civil (PCDF), se mobilizaram em área próxima ao Aeroporto de Brasília para desarmar uma bomba com potencial de provocar sérios danos à região ou “uma tragédia”, como definiu o diretor-geral da Polícia Civil do DF, Robson Cândido, à época.
A bomba estava acoplada a um caminhão-tanque e só não explodiu por um erro técnico. A polícia identificou e prendeu o suspeito de tentar acionar o artefato no mesmo dia.
Réus
Em janeiro, George Washington, Alan Diego e o blogueiro e jornalista Wellington Macedo de Souza viraram réus na ação que visava provocar caos no país. A denúncia do Ministério Público é contra os três, mas, de acordo com o MPDFT, Wellington está foragido e não tem advogado, o que faz com o processo seja desmembrado.
Alan Diego dos Santos foi mencionado no depoimento de George Washington de Oliveira Sousa à Polícia Civil do Distrito Federal. George disse que Alan se ofereceu para instalar outro explosivo, cujo objetivo era interromper a transmissão de energia elétrica em parte da cidade. Os dois se conheceram no acampamento montado por bolsonaristas em frente ao QG do Exército.
George foi o responsável por fabricar o explosivo. Segundo ele, Alan “se voluntariou para instalar a bomba nos postes de transmissão de energia que ficam próximos à subestação de Taguatinga”. “Insisti que ele instalasse em um poste de energia para interromper o fornecimento de eletricidade”, disse no depoimento.
Já Wellington teria montado o artefato junto aos outros dois comparsas e colocado a bomba no caminhão-tanque. Ele participou de diversos protestos em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília. Autointitulado “Preso do Xandão” — em referência ao ministro do STF —, o blogueiro divulgava informações sobre manifestações bolsonaristas e aproveitava para pedir doações.
O jornalista foi detido em 9 de setembro de 2021. Antes, havia sido alvo de mandados de busca e apreensão, no âmbito do inquérito que apurou manifestações bolsonaristas em 7 de Setembro.
Wellington deixou a cadeia em 15 de outubro do mesmo ano, após os advogados alegarem que ele tinha emagrecido 18 quilos e que estava “profundamente deprimido”. O acusado conseguiu o direito de permanecer em prisão domiciliar. Em 24 de dezembro, ele participou da tentativa de ataque.