metropoles.com

MPDFT pede a Nunes Marques derrubada de liminar que devolveu direitos políticos a Arruda

Órgão argumenta que a decisão individual do ministro não pode prevalecer sobre o entendimento geral do STF. Arruda tenta vaga na Câmara

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Daniel Ferreira/Metrópoles
José Roberto Arruda durante as eleições 2018
1 de 1 José Roberto Arruda durante as eleições 2018 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Nunes Marques que revogue a liminar concedida por ele mesmo ao ex-governador do DF José Roberto Arruda (PL) — decisão que o liberou para concorrer nas eleições deste ano. Arruda visa uma vaga na Câmara dos Deputados.

Segundo o pedido, protocolado nessa quarta-feira (24/8), a decisão da Corte, que impede que condenados por improbidade administrativa com sentença transitado em julgado sejam beneficiados por penalidades mais brandas, deve prevalecer à decisão do ministro isoladamente.

“Portanto, considerando que a decisão cautelar monocrática está essencialmente ancorada na possibilidade de aplicação retroativa dos novos lapsos prescricionais […], forçoso convir que a medida liminar concedida padece de utilidade e ofende a autoridade da decisão plenária dessa Augusta Corte, impondo-se sua incontinenti revogação”, escreveu a vice-procuradora-geral de Justiça Selma Sauerbronn, autora do pedido.

STF: Lei de Improbidade não pode retroagir

Agora, Nunes Marques deve analisar o requerimento do MPDFT. Caso seja aceito, Arruda pode voltar a ficar inelegível.

Arruda está elegível amparado pela liminar de Nunes Marques, anterior ao julgamento geral do STF sobre a lei de improbidade. O próprio ministro havia condicionado a validade da liminar à decisão da Corte sobre a legislação em questão. Porém, para que a liminar seja derrubada, o Supremo precisa ser provocado por terceiros.

Impugnação

Além da ação do MPDFT, transita na Justiça Eleitoral um pedido de impugnação contra a candidatura do ex-governador. Por meio da Procuradoria Regional Eleitoral no DF, o MPE alegou que Arruda é inelegível por ter sido condenado no âmbito da Operação Caixa de Pandora.

Presidente, governador, senador e deputados: veja quem são os candidatos nas Eleições 2022

O outro lado

A defesa do ex-governador foi procurada pelo Metrópoles, porém, até a mais recente atualização desta reportagem, não retornou às tentativas de contato. O espaço segue aberto para manifestações.

Quando teve ciência do pedido de impugnação da candidatura, Arruda usou as redes sociais para comentar o caso. “Em primeiro lugar, minha candidatura já está registrada na Justiça Eleitoral. Eu estou muito confiante de que essa decisão do Supremo (STF) vai confirmar a minha elegibilidade”, afirmou.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?