MPDFT investiga abandono de máquinas de lavar roupas para presos
Equipamentos se encontram encaixotados há oito meses e custaram R$430 mil ao todo. Compra foi destinada para os presídios do DF
atualizado
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O Núcleo de Controle e Fiscalização do Sistema Prisional (Nupri), do Ministério Público do Distrito Federal, avalia o caso das máquinas de lavar e secar roupas que estão guardadas em almoxarifado há oito meses, sem uso.
Os equipamentos se encontram encaixotados e custaram R$ 430 mil ao todo. A compra foi destinada para os presídios do DF. O Nupri é responsável por atuar na promoção e na defesa dos direitos coletivos dos presos e internados. Entre suas funções está a fiscalização dos atos administrativos, licitações, contratos e convênios da administração pública para o sistema prisional.
Em nota, a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape/DF) informou que as providências para a instalação dos equipamentos estão em andamento. Não há previsão para que isso ocorra, segundo a pasta.
Em outro comunicado, a Seape detalhou que os próprios presos fazem a lavagem de roupas – todos usam vestimentas e chinelos brancos, que também podem ser fornecidos por familiares. Não há uniformes específicos fornecidos pela Seape para os detentos.
“Sendo assim, os únicos custodiados que usam uniformes são os classificados para o trabalho interno nas unidades prisionais. O objetivo é diferenciar os presos que trabalham dos demais. Os uniformes ficam sob a guarda do próprio preso classificado, responsável pela sua lavagem”, informou a pasta. “Ressalte-se que a Seape estuda os trâmites licitatórios para verificar a viabilidade de comprar uniformes aos reeducandos”.