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MPDFT: família de jovem que criava Naja no DF era o centro da organização

O órgão denunciou quatro pessoas por associação criminosa, que atuava na venda irregular e criação de animais selvagens sem licença no DF

atualizado

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Pedro Krambeck
1 de 1 Pedro Krambeck - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A família de Pedro Henrique Krambeck, estudante de medicina veterinária e suspeito de tráfico de animais exóticos, era o centro da associação criminosa que atuava na venda irregular e criação de espécies selvagens sem licença no DF. A conclusão sobre a atuação de Pedro, da mãe dele, Rose Meire dos Santos, e do padastro — — o coronel da Polícia Militar do DF Clóvis Eduardo Condi — é do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), em denúncia contra quatro dos 11 indiciados pela Polícia Civil do DF no Caso Naja.

Nesta sexta-feira (4/9), a Justiça do DF aceitou a denúncia oferecida pelo MP e, a partir de agora, Pedro Henrique Krambeck, 22 anos, a mãe, o padrasto e Gabriel Ribeiro, amigo do estudante, viram réus no Caso Naja.

Leia a íntegra da decisão do TJDFT:

Os quatro responderão por três crimes: associação criminosa, venda e criação de animais sem licença e maus-tratos contra animais. Rose Meire, Clóvis e Gabriel Ribeiro também ainda foram denunciados por fraude processual e corrupção de menores.

Promotor de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Cultural, Paulo José Leite Farias respondeu ao questionamento do Metrópoles acerca de comandantes na associação criminosa, que vai além dos quatro denunciados. Segundo ele, a família de Pedro era peça-chave no esquema.

Há, ainda segundo o MPDFT, indícios de prevaricação do major Joaquim Elias Costa Paulino, comandante do Batalhão Ambiental da Polícia Militar do DF. Este caso é investigado internamente pela corporação.

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Na ocasião, ele estava no apartamento onde mora com a mãe e o padrasto, no Guará
O estudante de veterinária foi picado pela Naja que criava ilegamente
O rapaz chegou a ficar em coma após a picada da serpente
Nas redes sociais, ele ostentava fotos com diversos tipos de animais silvestres
A polícia investiga a suspeita de que o rapaz tenha envolvimento com o tráfico de animais no DF
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Pedro Krambeck chegou a ser preso pela Polícia Civil do DF

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Na ocasião, ele estava no apartamento onde mora com a mãe e o padrasto, no Guará

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O estudante de veterinária foi picado pela Naja que criava ilegamente

Foto: Reprodução
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O rapaz chegou a ficar em coma após a picada da serpente

Reprodução
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Nas redes sociais, ele ostentava fotos com diversos tipos de animais silvestres

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A polícia investiga a suspeita de que o rapaz tenha envolvimento com o tráfico de animais no DF

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Pedro foi detido no apartamento onde mora no Guará

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Policiais na casa de Pedro na manhã do dia 29 de julho

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No Brasil, não há Najas, logo, o soro que combate o veneno desse tipo de serpente é raro

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Ela costuma viver em regiões da África e da Ásia

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A Naja não é uma cobra típica do Brasil

Foto: Reprodução
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Zoológico de Brasília fez ensaio fotográfico com cobra que picou estudante

Ivan Mattos/Zoológico de Brasília/Reprodução
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Brasil não tem soro para o animal

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A serpente não é natural de nenhum habitat brasileiro

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A Naja foi transferida para o Butantan, em SP

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No Zoo de Brasília, serpente ganhou espaço próprio para sua espécie

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Delegado William Ricardo

Jacqueline Lisboa/Especial Metrópoles

Segundo denúncia do MPDFT, o coronel Condi e Rose Meire eram coniventes com os delitos praticados em seu apartamento, no Guará,  ambos agindo de forma associada para o cometimento de delitos contra a fauna.

Clóvis Condi, ainda de acordo com o órgão, de maneira livre e consciente, participou dos delitos, dando subsídio financeiro para a guarda e cativeiro de serpentes e da alimentação viva (camundongos) e congelada, pois os animais eram criados, alimentados, reproduzidos e comercializados a partir de sua residência, no âmbito familiar.

Rose Meire, apontou o MP, participava nos cuidados dos animais e dos ovos decorrentes de reprodução realizada no apartamento da família. Segundo imagens que constam no processo, a alimentação para os animais silvestres ficava no freezer da família.

Estudante de veterinária, Pedro manteve, entre 2017 e 2020, diversos animais no apartamento onde morava com sua família.

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