MPDFT denuncia CAC que matou ex com 6 tiros ao se passar por cliente
O crime ocorreu no último dia 10 de janeiro, próximo ao salão de beleza em que a vítima trabalhava, no Gama
atualizado
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A Promotoria do Júri do Gama denunciou, nesta sexta feira (19/1), Wesly Denny da Silva Melo, 29 anos, pelo feminicídio da ex-companheira Tainara Kellen Mesquita da Silva, 26, em 10 de janeiro deste ano.
O homem é acusado de atirar várias vezes contra a vítima, nas imediações do salão de beleza que Tainara trabalhava, após se fingir de cliente e atraí-la para a área externa. O crime foi cometido na frente da filha, de apenas 5 anos.
Segundo a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), o crime foi cometido por motivo torpe, em razão de sentimento de posse pela vítima e do inconformismo com o término do relacionamento entre eles.
O crime também resultou em perigo comum, pois os disparos ocorreram em via pública urbana, colocando várias pessoas em risco. Além disso, o réu utilizou recurso que dificultou a defesa da vítima.
O acusado enviou um WhatsApp para a vítima de um número desconhecido se passando por cliente do salão e dizendo que queria agendar um serviço.
Com objetivo de atrair Tainara para fora do estabelecimento, Wesly mentiu que estava na rua, mas não estava encontrando o endereço. Quando a vítima saiu do local de trabalho, Wesly sacou a pistola e começou a atirar. Foram 16 disparos, dos quais pelo menos seis acertaram a mulher.
Entenda o caso
O crime ocorreu no dia 10 de janeiro deste ano, por volta de 14h, na Quadra 29, em frente ao lote 66, no Setor Leste do Gama.
O acusado, que possui registro de Colecionador, Atirador e Caçador (CAC), executou a ex-mulher com um tiro no rosto, quatro nas costas e um nas nádegas. Ele acabou preso no dia seguinte após uma operação conjunta da Polícia Militar do DF (PMDF) e de Goiás (PMGO), em Santa Maria.
Wesly Denny já tinha pelo menos 11 antecedentes criminais, entre eles duas passagens por Lei Maria da Penha, porte de arma, ameaças, vias de fato e desacato.