MPDFT chama de “absurda” defesa de advogado que atropelou mulher no Lago Sul
Segundo o órgão, há uma tentativa de “culpar” Tatiana Matsunaga pelo crime que foi vítima
atualizado
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O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) criticou o que considera uma tentativa da defesa do advogado Paulo Ricardo Moraes Milhomem em “culpar” a servidora pública Tatiana Matsunaga, 40 anos, pelo atropelamento que foi vítima no Lago Sul em 25 de agosto. A manifestação foi adicionada ao processo nessa segunda-feira (27/9).
Há duas semanas, os advogados do réu apresentaram uma foto tirada por ele instantes antes de atingir a vítima. “Ele queria sair da rua e a Tatiana tentou impedir com o próprio corpo”, afirmou Leonardo de Carvalho, representante de Milhomem.
Segundo o documento do MPDFT, no entanto, é “absurda” a alegação, tendo em vista que “os elementos carreados aos autos apontam o acusado como o autor de um crime doloso contra a vida”. O órgão citou as imagens como prova da alegação. “A tese de culpa exclusiva da vítima é contrariada pelas imagens dos fatos, que demonstram que a vítima foi perseguida e encurralada na porta de sua casa, momento em que o acusado deliberadamente a atropelou”.
Milhomem continua preso em razão do atropelamento. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) o denunciou por tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil e a Justiça o tornou réu. Até o momento, ele teve quatro pedidos para deixar a cadeia negados.
Tatiana e Milhomem discutiram no trânsito. Depois, ela foi para casa, no Lago Sul, e o advogado a perseguiu e atropelou. O filho da servidora pública, de 8 anos, estava no carro com ela. Imagens de câmera de segurança mostraram a discussão e o momento em que Tatiana é atropelada pelo advogado. Veja a filmagem:
Tatiana ficou internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde o acidente até a última sexta-feira (24/9) quando foi transferida a um quarto. Apesar da evolução, ela continua internada em estado grave.