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MPDFT arquiva investigação de vacinação de ex-comandante-geral da PM

Decisão foi tomada em março e divulgada nesta terça (24). Promotor entendeu que policiais não utilizaram os cargos para se vacinar antes

atualizado

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Vinícius de Melo/Agência Brasília
CEL Coronel da PMDF Julian Pontes.
1 de 1 CEL Coronel da PMDF Julian Pontes. - Foto: Vinícius de Melo/Agência Brasília

Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) arquivou o processo que investigava a vacinação de integrantes do alto comando da Polícia Militar do DF (PMDF) contra a Covid-19, revelada pelo Metrópoles. Decisão foi tomada em 30 de março deste ano e divulgada nesta terça-feira (24/5).

A imunização do comandante-geral e outros oficiais ocorreu antes que 8 mil praças pudessem ser imunizados. Durante a investigação, iniciada em 2021, o promotor de Justiça Clayton Germano entendeu que os policiais não utilizaram os cargos que ocupavam para se vacinar antes dos outros.

“Não se vislumbrou que os Policiais Militares tenham se valido das suas condições de coronel e tenente-coronel, bem como dos cargos de comandante-geral, subcomandante-geral e subcomandante do Segundo Policiamento Regional, que ocupavam à época dos fatos, para passar à frente de outros Policiais Militares. Além disso, restou demonstrado que qualquer Policial Militar da Ativa (independente de sua graduação ou patente) podia tomar a vacina contra o novo coronavírus (Covid-19) com base nas doses remanescentes, nos termos da interpretação da Secretaria de Saúde à Circular n. 67/2021 – SES/DF”, escreveu.

Segundo a decisão, todos os agentes eram da ativa e, por isso, poderiam se vacinar contra a Covid-19 seguindo as regras estabelecidas na época. “Além disso, cumpre registrar que, nos termos dos
documentos e provas juntadas aos autos, todo Policial Militar da ativa, pode ser, a qualquer momento, colocado em emprego em alguma ação da PMDF, sendo considerado, portanto, como “Policial Militar da linha de frente”.

Entenda

Integrantes de alta patente da PMDF, incluindo o comandante-geral da PMDF, receberam a vacina contra a Covid-19 – antes que, pelo menos, 8 mil praças da corporação pudessem ser imunizados.

Esses oficiais aproveitaram uma mudança recente nas regras de utilização das doses remanescentes de vacinas, chamadas de “xepa”, para ter prioridade na campanha de imunização.

Na tarde de 31 de março de 2021, o comandante-geral da PMDF, coronel Julian Rocha Pontes (foto em destaque), de 47 anos, tomou uma dose da vacina na UBS 1 da Asa Sul. Ao ser questionado pelo Metrópoles, o Centro de Comunicação Social da PM confirmou a informação e acrescentou que “outros policiais militares” foram imunizados, de acordo com a circular vigente da Saúde do DF, que passou a valer em 29 de março do ano passado.

Horas depois, o comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), coronel Julian Rocha Pontes, 47 anos, foi exonerado do cargo. A saída do coronel Pontes já era esperada, em função da troca no comando da Secretaria de Segurança Pública do DF, mas acabou acelerada depois da revelação da vacinação dele e de outros comandantes.

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