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MP questiona condições de funcionamento de hospital acoplado ao HRSam

Foram constatados problemas na inspeção realizada pelo MPDFT em 17 de maio, em especial quanto ao número de leitos disponibilizados

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Jacqueline Lisboa/Especial para o Metrópoles
Fachada HRSam
1 de 1 Fachada HRSam - Foto: Jacqueline Lisboa/Especial para o Metrópoles

A força-tarefa de acompanhamento à Covid-19 do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) requisitou à Secretaria de Saúde do DF esclarecimentos sobre o funcionamento do hospital acoplado construído como extensão do Hospital Regional de Samambaia (HRSam).

Foram constatados problemas na inspeção realizada pelo MPDFT em 17 de maio, em especial quanto ao número de leitos que podem efetivamente ser disponibilizados para o adequado funcionamento da nova unidade.

Em ofício enviado nessa terça-feira (25/5), a força-tarefa listou as adequações necessárias para o funcionamento do local. Conforme o MPDFT, o hospital acoplado tem 100 pontos de oxigênio, mas isso não significa necessariamente a possibilidade de abertura do mesmo número de leitos. Para isso, é necessário atender requisitos como a acessibilidade e a disponibilização de sala de prescrição. A SES deverá avaliar a quantidade efetiva de leitos que podem ser disponibilizados.

Além disso o Ministério Público aponta que não existem, na estrutura do hospital acoplado, salas para atendimento de urgências e emergências. “Diante do  aumento do número de leitos, é preciso uma ampliação compatível com a nova demanda. Com a vistoria, verificamos a necessidade da adoção de providências na estrutura e a designação de recursos humanos”, ressalta relatório do MPDFT.

Laboratório e lavanderia

A inspeção verificou ainda que não há laboratório ou lavanderia no prédio novo, de modo que será necessário utilizar a estrutura do hospital principal. O MPDFT afirma que o prédio do HRSam não tem capacidade disponível para prestar esses serviços aos novos pacientes, considerando a sobrecarga em razão da demanda já existente.

Conforme o Ministério, é necessário destinar área para repouso e refeitório aos profissionais que trabalharão na nova estrutura. Devido à pandemia, deve-se evitar o cruzamento de fluxo entre servidores que prestam assistência a pacientes com Covid-19, que será realizada no acoplado, e aqueles que atendem o público não infectado pelo novo coronavírus.

A SES também deverá adotar providências para a reforma da entrada do prédio, de forma permitir o acesso de ambulâncias, e adequar o espaço usado para transporte de pacientes entre as duas áreas do hospital. “A falta de um trajeto completamente coberto para levar os pacientes do Acoplado para o hospital torna necessário que esse transporte seja realizado por uma ambulância, aumentando o tempo e o custo do transporte, além dos riscos ao paciente”, aponta o relatório.

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