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MP pede investigação sobre PMs obrigados a ir em evento evangélico

Promotor do MPDFT também pede o afastamento e transferência do comandante do 6º batalhão até que as investigações seja concluídas

atualizado

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Myke Sena/ Especial para o Metrópoles
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1 de 1 PM - Metrópoles - Foto: Myke Sena/ Especial para o Metrópoles

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) requisitou a investigação sobre a denúncia de que policiais militares estariam sendo obrigados a participar do evento Formatura Geral dentro de uma igreja evangélica.

Os PMs teriam sido forçados pelo tenente-coronel Rodrigo da Silva Abadio, do comando do 6º Batalhão, a frequentar o evento religioso na sede da Igreja Universal, na Asa Sul. O MPDFT também pediu o afastamento do oficial e a transferência dele de unidade, até o encerramento das investigações.

O MP apura suposta prática dos crimes de peculato; prevaricação; inobservância da lei, regulamento ou instrução; aplicação ilegal de verba ou dinheiro; abuso de confiança ou boa-fé; patrocínio indébito; usurpação de função, todos do Código Penal Militar, além da prática de improbidade administrativa prevista na Lei nº8.429/92.

Os ofícios foram assinados pelo promotor Flávio Milhomem, da 3ª Promotoria de Justiça Militar do DF, que destacou a importância em investigar os supostos crimes. “Estado e religião não podem se misturar. O policial tem todo o direito de professar sua fé e ter a religião que quiser, mas não pode ser obrigado nem constrangido a participar de um determinado evento religioso.”

O MP também investiga se a Polícia Militar usou veículos oficiais, como ônibus, para transportar os policiais. “Há um gasto de gasolina e de equipamentos para satisfazer o interesse pessoal e religioso”.

A ação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios ocorreu após o ICL Notícias divulgar a convocação dos oficiais. Eles teriam sido intimados por meio de um grupo de WhatsApp e não poderiam faltar, nem mesmo se estivessem de folga na data. O evento ocorreu nessa terça-feira (27/2).

O Metrópoles questionou a PMDF sobre a questão. Em nota, a corporação informou que a formatura ocorreu em local com amplo espaço e que comporta todo efetivo.

“A PMDF informa que ocorreu uma formatura geral da unidade para homenagear os policiais destaques e para orientações à tropa, em função da mudança de comando do Batalhão. A cerimônia ocorreu três meses após a chegada do novo comandante e foi realizada em espaço cedido, sem custos, pela igreja na área do 1º Comando Regional, a qual o batalhão pertence”, diz a nota.

“O local onde foi realizado possui amplo espaço que comporta todo o efetivo. O antigo local que se utilizava, o Cefor (Centro de Formação, Treinamento e Aperfeiçoamento) da Câmara dos Deputados, está em reforma. Durante a cerimônia, o novo comandante dirigiu-se à tropa e o pastor fez um momento ecumênico de reflexão, como é habitual nas formaturas da Polícia Militar do Distrito Federal”, justificou a corporação.

 

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