MP cobra investigação de PMs após confusão em terreiro de Planaltina
Suspeito de tráfico fugiu e se escondeu em terreiro de umbanda, em Planaltina. Testemunhas de ação policial criticaram truculência dos PMs
atualizado
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O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) cobrou investigação sobre uma confusão durante ação de policiais militares em um terreiro de umbanda, em Planaltina (DF). Para captura de um suposto traficante de drogas, PMs entraram no local, o que gerou tumulto. Na ocasião, testemunhas denunciaram o episódio como caso de abuso de autoridade e racismo religioso.
A 3ª Promotoria de Justiça Militar requisitou à Corregedoria da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) a abertura de Procedimento de Investigação Preliminar (PIP), em até 10 dias, para apuração do episódio.
O caso ocorreu na Casa Ilê Asé Omin Yeminjá Ogunté, na noite de terça-feira (23/7). Em uma das filmagens, o suposto traficante aparece entrando no terreiro, ferido na cabeça e algemado. Em outra gravação, militares da corporação são flagrados proferindo palavrões contra pessoas que estavam no terreiro.
O caso
Depois de ser preso por tráfico de drogas, o criminoso fugiu e se escondeu no espaço religioso. Irmão biológico do pai de santo responsável pelo terreiro, o suspeito acessou o espaço pela entrada principal, e o portão foi fechado antes de os policiais chegarem.
Os militares precisaram pular o muro para efetuar a prisão e, segundo os PMs, o suspeito portava diversas porções de cocaína.
A ação policial gerou polêmica e enfrentou resistência de quem estava no terreiro na ocasião. Testemunhas registraram as cenas e, para representantes do espaço, houve abuso de autoridade, intolerância, racismo religioso e excesso de violência por parte da PMDF. A corporação, contudo, informou que o caso envolvia situação de flagrante e que a equipe fez uso proporcional da força.
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