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MP apura denúncia de homofobia de distrital em caso de beijo gay na PM

O Ministério Público indiciou 11 militares por supostas práticas homofóbicas e avalia a conduta do deputado Hermeto no episódio

atualizado

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Hermeto
1 de 1 Hermeto - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) investiga a conduta do deputado distrital Hermeto (MDB) no episódio de suposta homofobia após um beijo gay durante formatura de praças da Polícia Militar do DF (PMDF) ocorrida em janeiro de 2020. O parlamentar é líder do governo na Câmara Legislativa (CLDF).

O Núcleo de Enfrentamento à Discriminação (Ned), do MPDFT, indiciou 11 militares pela prática de homofobia. As atitudes de Hermeto no caso estão em fase de apuração.

“A documentação foi encaminhada para a Assessoria Criminal do MPDFT e está sob análise”, informou o Ministério Público, em nota enviada ao Metrópoles.

Hermeto é subtenente da reserva da PMDF. Logo após o beijo gay, o parlamentar postou comentários em um grupo no WhatsApp, em 12 de janeiro de 2020.

A coluna Grande Angular, à época, noticiou as declarações. “Minha corporação tá se acabando. Meu Deus!!! São formandos de hoje. Na minha época era expulso por pederastia”, teclou Hermeto.

Em outro grupo, Hermeto negou ser homofóbico, mas afirmou não concordar que policial fardado tenha “este tipo de comportamento”. “Isso vale também para um homem e uma mulher”, destacou.

Leia os prints:

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Hermeto é policial militar da reserva
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Deputado distrital Hermeto (MDB) criticou beijo gay de policiais militares em formatura da corporação

WhatsApp/Reprodução
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Hermeto é policial militar da reserva

Reprodução/WhatsApp

 

Beijo gay

O policial militar Henrique Harrison da Costa foi um dos protagonistas do beijo gay. Para ele, o indiciamento dos 11 militares foi uma vitória importante. Mas o caso está longe do fim.

Após as denúncias, Henrique foi alvo de duas sindicâncias na PMDF. A corporação recolheu sua arma nos períodos fora do serviço. Por recomendação médica, após diagnóstico de estresse, atualmente encontra-se afastado do trabalho.

Esperança

Apesar dos episódios, Henrique acredita na capacidade de evolução da PMDF. “Eu vejo a Polícia Militar como a primeira instituição que a gente procura quando têm um direito afetado. Se eu sofresse homofobia na rua ou algum tipo de violência, era ela que eu procuraria. Então, é importante que ela entenda esse papel fundamental e que seja a primeira a mudar”, afirmou.

Ao Metrópoles, Henrique destacou que muitos amigos gays mudaram a visão que tinham sobre a instituição. “Recebo muitas mensagens de pessoas que estudam para concurso e que se disseram incentivadas por mim. Porque tinham medo de participar do processo seletivo, medo de fazer curso de formação. Agora esse medo diminuiu. Eu sabia que me assumir não seria fácil”, contou.

Outro lado

A assessoria do líder do governo divulgou a seguinte nota: “O deputado Hermeto não tem conhecimento de qualquer decisão judicial. Logo após a ciência, promoverá os devidos esclarecimentos”.

O Metrópoles entrou em contato com a PMDF sobre o caso, mas não obteve resposta até a última atualização deste texto. O espaço está aberto para eventuais manifestações da instituição.

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