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MP alerta: o DF está perto de uma crise hídrica sem precedentes

De acordo com promotora da Prodema, se não chover em breve ou chover pouco, os brasilienses podem enfrentar dias muito difíceis. No pior dos cenários, diz Marta Eliana, os reservatórios garantem água somente até dezembro. Caesb já raciona o abastecimento

atualizado

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O Distrito Federal está perto de sofrer uma crise hídrica sem precedentes. A afirmação da promotora Marta Eliana, da Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Cultural (Prodema), foi feita nesta quinta-feira (15/9), em meio à interrupção de abastecimento de água em sete regiões do Distrito Federal, a segunda seguida na semana.

A Prodema lembra que o Distrito Federal está a um passo de entrar em estado de alerta. Isto porque os níveis dos dois reservatórios que abastecem o Distrito Federal — Descoberto e Santa Maria — estão quase ultrapassando a marca de 40% da capacidade. De acordo com o Ministério Público, mesmo com as chuvas, o Distrito Federal somente sairá do estado crítico quando começarem a operar dois novos sistemas de abastecimento: o do Bananal e o de Corumbá, previsto para 2018.

Estamos em vias de sofrer uma crise hídrica sem precedentes, caso não chova em breve ou chova pouco. No pior dos cenários, nossos reservatórios garantem água somente até dezembro. A população precisa adotar com urgência a prática de economizar água. Não podemos fazer chover, mas podemos passar a usar a água com responsabilidade e consciência, de modo sustentável

Marta Eliana, promotora da Prodema

Para a promotora, a campanha lançada pela Adasa para estimular os brasilienses a economizarem água, embora boa, é tímida. “A população toda deveria estar falando sobre isso. Deveríamos estar mobilizados diante da perspectiva de ficarmos sem água. Mas não é o que se vê”, diz.

De acordo com a Adasa, o consumo de água no Distrito Federal é maior que o ideal. A média, até julho de 2016, foi de 175,1 litros/habitante/dia. A agência considera que 150 litros/habitante/dia seriam suficientes. Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), a quantidade deve ser ainda menor: de 100 a 110 litros deveriam bastar para que cada pessoa satisfaça suas necessidades durante um dia.

A diferença no consumo diário por habitante entre as cidades do Distrito Federal é grande. Os dados da Adasa mostram que as regiões com maior gasto médio diário de água são Setor de Indústria e Abastecimento (481 litros), Lago Sul (437 litros) e Brasília (265 litros). As cidades com menor consumo médio diário são Itapoã (121 litros), Riacho Fundo II (125 litros) e Varjão (132 litros). (Com informações do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios)

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